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Rivalidade nas redes: Será a Threads o fim do Twitter?

Nova rede social da META tem arrebatado corações pela internet

Imagem ilustrativa da imagem Rivalidade nas redes: Será a Threads o fim do Twitter?

Com um claro sinal de convocação para o confronto, a META, administradora das plataformas sociais Facebook, WhastApp e Instagram, se aventurou lançando uma alternativa para seus usuários abandonarem o rival representado pelo passarinho azul, o Twitter. A Thread, como é chamada, se apresenta como um combo das principais redes sociais da queridinha de Mark Zuckerberg, e já nasceu quebrando recordes.

Com apenas 7 horas de lançamento a nova rede social alcançou a marca de 30 milhões de usuários, e já está presente em mais de 100 países. Com um layout semelhante ao Twitter, e com o mesmo propósito, a Threads se propõe ser uma rede social para postagens de textos curtos, discussões públicas e outras interações seguidores, tudo isso conectado por uma linha do tempo que liga postagens de mesmo tema.

Mas uma reflexão se impõe neste momento: será que mais uma rede social é benéfica para a sociedade? Não estariam as empresas de tecnologia alienando ainda mais os jovens e adolescentes? A reportagem do Diário da Manhã foi em busca destas respostas para você leitor, e para isso conversou com o Doutorando em Psicologia Social e Publicitário Rodrigo Gadelha.


		Rivalidade nas redes: Será a Threads o fim do Twitter?
RODRIGO GADELHA FAZ PALESTRA NO SEMINÁRIO REBOOT 2021 EM BRASÍLIA - FOTO:PERCIO CAMPOS. Arquivo Pessoal Gustavo Gadelha

DM: Começo com a pergunta de 1 milhão de libras: você acredita que esta nova rede social vai progredir ou será apenas mais um fogo de palha como foi o Koo?

RG: Acredito que pode progredir porque o Threads diferenço do Koo tem uma base de crescimento maior, já que já importa direto do Instagram o que já gera uma maior adesão rápida. Vimos o Tempo que levou para atingir 1 milhão de usuários:

📺 Netflix: 4 anos e 11 meses

🐦 Twitter: 2 anos

📍Pinterest: 1 ano e 4 meses

📂 Linkedin: 1 ano e 3 meses

👻 Snapchat: 1 ano

💻 Facebook: 10 meses

👨🏻‍💻 Zoom: 9 meses

▶️ YouTube: 8 meses

🗃️ Dropbox: 7 meses

🎧 Spotify: 5 meses

📸 Instagram: 2 meses

🤖 ChatGPT: 5 dias

🧵 Threads: 1 hora

E o termo “Threads” foi o 1º lugar nos assuntos mais comentados do Twitter (aplicativo concorrente).

A integração com o Instagram já garante um tempo de vida maior para o Threads. O Instagram só no Brasil tem 132 milhões de usuários ativos, que estão entrando a todo instante no Threads. Isso já dá uma sobrevida.

DM: A nova geração parece ter uma necessidade de pertencer a algum movimento ou grupo social. Você acredita que as redes sociais se valem desta constatação para se manterem de pé?

RG: As redes são um fenômeno de pertencimento com organização de um volume enorme de informação. O Facebook foi o primeiro a entender que organizar o conteúdo era o melhor caminho de conquistar as pessoas, depois veio o Instagram com imagens e agora temos o TikTok que é o fenômeno mundial, com vídeos mais rápidos e envolventes. Que fez com que o próprio Instagram criasse o reals. O TikTok não é só uma rede de jovens, no Brasil já tem 84 milhões de usuários.

DM: Na sua visão, por que a META criou mais uma plataforma de convívio social?

RG: Acredito que a Meta viu uma oportunidade de negócio mesmo, já que muita gente tem o costume de usar o Twitter que é uma rede de formador de opinião. No Brasil o Twitter é muito forte para pautar imprensa e tem 16 milhões de usuários ativos. Muitos usuários estão reclamando do limite de leitura de 600 tweets e viu uma oportunidade de mercado de “roubar” esses usuários.

DM: Como uma rede semelhante ao twitter, é capaz de arregimentar opiniões diversas e acabar ditando a direção dos debates presentes na sociedade? Há uma explicação científica?

RG: Como disse na resposta anterior o Twitter tem o poder de ter os formadores de opinião, de pautar imprensa e gerar discursões fortes na sociedade e política. Através do big data podemos ver que esses 16 milhões de usuários exercem uma influência direta e forte.

E você leitor, já “Thredou” hoje?

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