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Inteligência Artificial: Será a vida uma cópia fiel da arte?

Avanços no desenvolvimento de novas tecnologias podem ser aliadas, mas oferecem riscos.

Imagem ilustrativa da imagem Inteligência Artificial: Será a vida uma cópia fiel da arte?

O uso de novas tecnologias, sem sombra de dúvidas, pode ser considerado um caminho de transformador para as mais diversas áreas da vida em sociedade, seja para a educação, como ferramenta de estudo e ensino, na saúde para o desenvolvimento de técnicas que aprimorem as utilizadas na atualidade, na segurança pública e privada como ferramenta de auxílio ao monitoramento constante e identificação de possíveis criminosos.

Um cenário de completa euforia tem invadido os corações e mentes com a possibilidade do uso da Inteligência Artificial (IA), alguns a utilizam para criar fotografias de um cenário inexistente, outros para reviver digitalmente entes queridos já falecidos, ou até mesmo para auxiliar na resposta de trabalhos acadêmicos. Se pensarmos bem, considerando estes fatores não haveria malefícios na utilização e propagação da IA, mas haveria possíveis consequências negativas?

Diversos filmes e séries já retrataram fatos semelhantes ao que vivemos, porém, apresentando possíveis consequências para o uso sem a devida cautela. É oque encontramos por exemplo na série “Black Mirror”, que já no primeiro episódio da 6ª temporada retrata a vida de Joan, que tem sua identidade e atividades diárias copiadas por um “super” computador de uma plataforma de Streaming e transformada em uma série com o título “Joan é Péssima”, gerando inúmeras consequências negativas para sua convivência em sociedade.

Outro exemplo de consequências negativas do uso da IA utilizadas pela ficção mas que se assemelham ao que tem se desenvolvido atualmente, são os filmes “Megan” produzido pela BlumHouse e dirigido por Gerard Johnstone, que retrata uma boneca criada para ser uma companhia para crianças, mas que passa a se tornar agressiva e controladora contra todos que se opõe aos desejos da criança que ela acompanha. Um clássico de Hollywood, o filme I.A dirigido pelo brilhante Steven Spielberg, relata a vida de um casal que ao ver o filho em estado de coma, recorrem a produção de um “humanoide” com todas as características físicas de seu filho, mas tem grande reviravolta quando a mãe o abandona diante do comportamento adotado pelo robô.

Para tentar elucidar você leitor sobre estas incógnitas envoltas nesta temática, a reportagem do Diário da Manhã conversou com o Psicólogo Márcio Ricardo Silva Filho, Luziânia/GO. Segundo ele, a Inteligência Artificial é uma grande aliada, e seu impacto no âmbito educacional é evidente, e pode ser visto inclusive na âmbito da inclusão de pessoas com deficiência, no entanto, ele faz um alerta dizendo que o uso de aplicações como ChatGPT pode modificar o desenvolvimento das habilidades do ser humano.


		Inteligência Artificial: Será a vida uma cópia fiel da arte?
Arquivo Pessoal: Márcio Filho

"Sim, a IA é uma grande aliada. O uso dessa tecnologia auxilia e facilita em diversas áreas em que o homem atua. Um projeto para construção de uma moradia, pode ser analisado em sua totalidade, como se já estivesse finalizado, antes mesmo do primeiro tijolo ter sido colocado. Ao pesquisar sobre um acontecimento histórico, é possível vivenciá-lo com hologramas, o que torna a experiência muito realista. Na área inclusiva, os benefícios da IA para pessoas com deficiência, tem trazido resultados positivos. Com aplicativos que descrevem cores e objetos para pessoas cegas e com baixa visão a espaços públicos como museus, que encantam seus visitantes com experiências sensoriais fantásticas. O impacto dessa inteligência artificial na educação é evidente. O ChatGPT por exemplo, tem criado grandes questionamentos, uma vez que, essa ferramenta possibilita sim muita flexibilidade na variedade dos processos aprendizagem. Mas também tem seus desafios, como por exemplo, o professor sair do papel de propagador para o de mediador de conhecimento. E isso modifica o cenário tradicional da educação e levanta mais dúvidas para além dos impactos sociais, como o próprio desenvolvimento das habilidades do ser humano". afirmou Psicólogo Márcio Filho

Para Filho, o uso prolongado das ferramentas que utilizam Inteligência Artificial, apesar de proporcionar grande impacto de experiência, pode afetar o funcionamento do cérebro, trazendo menos esforço cognitivo.

Essa forma de tecnologia com certeza tornam as coisas mais interessantes, pois você tem grande impacto da experiência, porém, usar essas tecnologias digitais a longo prazo, mesmo que ainda não aconteça de forma drástica, afeta o funcionamento do cérebro. Estamos falando de tecnologias facilitadoras, e estudos comprovam que esse tipo de ferramenta, por mais benefícios que possam trazer, significa menos esforço cognitivo. Psicólogo Márcio Filho

Márcio pondera que há uma preocupação por parte dos especialistas, de que o ser humano faça uso de maneira irrestrita da IA e deixe de usar parte das funções cerebrais, tornando suas cognição "atrofiada".


		Inteligência Artificial: Será a vida uma cópia fiel da arte?
Arquivo Pessoal: Márcio Filho

Na redução do espaço para pensar, ou seja, precisamos ao longo de nossos dias colocar a mente para trabalhar. O ser humano aprende com o processo de adquirir novos conhecimentos e habilidades, o que nada mais é do que o uso de sua capacidade cognitiva de pensar, tomar decisões, aprender e resolver problemas. Tudo isso demanda de adaptação e análise crítica. A preocupação de muitos especialistas é justamente que um dia, se deixe de usar essas funções, e a cognição humana fique “atrofiada” alerta. Psicólogo Márcio Filho

O psicólogo que tem vasta atuação em educação inclusiva, salienta que o uso coerente da Inteligência Artificial pode ser benéfico, e que proibir sua utilização não é o melhor caminho.

Na minha opinião, quando é feito bom uso de um recurso, ele pode levar a outras formas de conhecimento e maior aprofundamento de qualquer conteúdo. Dessa forma, redirecionaríamos nossas capacidades cognitivas para atuar nas transformações causadas pelas tecnologias. Na educação por exemplo, muitos educadores e pedagogos comprovam que proibir não é o caminho. As novidades tecnológicas mudaram a maneira como realizavam suas atividades e agora, compreendem essas tecnologias e buscam estratégias para que elas ajudem processo de ensino e aprendizagem. A atuação da IA ainda está no direcionamento e escolhas de um ser humano. Finalizou Psicólogo Márcio Filho

Todo avanço tecnológico deve ser observado com cautela, e retirar dele o melhor para a evolução da sociedade, aguardemos as cenas dos próximos capítulos desta novela.

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