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Negacionismo: comércio de “reversão” e “Detox vacinal” por WhatsApp

Médico vende métodos ineficazes para “limpar” organismo de vacinas da Covid-19

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Seria cômico se não fosse algo absurdamente trágico. Mesmo após três longos anos de Pandemia, que ceifou milhões de vidas por todo o mundo, dentre as quais grande parte ocorreram no Brasil, ainda encontram-se vestígios da propagação de informações falsas sobre a doença e seus tratamentos.

Em um grupo de aplicativo de conversas, circulam mensagens de um médico alagoano que anuncia dentre outros serviços o “tratamento precoce e tratamento pós Covid-19”, com a finalidade de realizar um “detox vacinal”. O serviço teria um custo de R$ 470 reais.

De acordo com o médico, ao prescrever medicamentos como ivermectina, aspirina, anti-inflamatórios e até mesmo vitaminas, seria possível eliminar do organismo de uma pessoa vacinada a proteína “spike” (elo químico utilizado pelo vírus no processo de infecção das células).

O famigerado tratamento teria duração de 4 semanas .

Rui Falcão é como se apresenta o profissional da medicina, ele realiza seus atendimentos através de troca de mensagens e áudios via WhatsApp, e somente em caso de necessidade entra em contato por ligações.

Falcão, possui um canal no YouTube com mais de 287 mil inscritos, onde publica constantemente vídeos com críticas ao governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e manifestações de apoio ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

A propagação de informações falsas sobre tratamentos médicos não são as únicas ofertas de serviços do médico. Nos anúncios, ele ainda afirma que pode oferecer a quem desejar, um atestado, que em tese isentaria o paciente de se vacinar contra a Covid-19.

É importante salientar que não há comprovação científica de qualquer efeito nocivo a saúde de quem faz uso das vacinas distribuídas no serviços de saúde do país durante as campanha de combate à Covid-19. O ato de se vacinar oferece proteção não apenas a quem é vacinado, mas também aqueles que são parte do círculo de convívio de uma pessoa.

O Conselho Federal de Medicina afirmou que emitirá juízo antecipado do fato, e que toda denuncia contra médicos deve ser direcionada ao Conselho Regional de Medicina responsável pelo estado onde ocorreu o fato.

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