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Tempo de internação no Hugo é reduzido e tratamentos são melhorados

Depois de um acidente de trânsito, na maioria dos casos é a ambulância que leva o paciente à unidade hospitalar. A partir da entrada dele, o que será feito como conduta de tratamento e quantos dias, semanas e meses isso vai durar, é uma incerteza. A realidade que inicia esse texto já foi vivida, ou é de conhecimento da maioria das pessoas. Mas o Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) tem mudado isso.

Uma gestão que vai além do cuidado individual, com cronograma de todas as etapas do tratamento, como exames, cirurgias, quando são necessárias, além do período de recuperação, quais medicamentos serão usados e o dia da alta, é feita logo que o paciente dá entrada no Hugo. “Nós tivemos de obter uma capacitação profissional com gestores do Instituto Sírio-Libanês, de São Paulo, que organizou esses processos. Depois disso, nossas metas foram superadas”, comenta a coordenadora de enfermagem da traumatologia, Patrícia Rezende.

Antes das mudanças já em prática no Hugo, os pacientes do andar, que sofriam pelo problema que o causou a necessidade de internação, associada à incerteza sobre a alta médica, são cientificados sobre os processos de tratamento, o que falta para que a recuperação seja plena e possa retornar à sua casa. “Explicando de forma grosseira, era como se eles dessem entrada, a unidade hospitalar disponibilizasse todo o aparato, fizesse tudo, mas não focasse na melhoria do paciente, que passava dias, semanas e meses a espera pela melhora e, como consequência, a alta”, conta a médica responsável pelo setor, Larissa Chaves.

A médica conta que, se um paciente politraumatizado, com todos os complexos tratamentos, cirurgias ou procedimentos a serem feitos, ou um paciente com fratura simples em um dedo dá entrada, ambos passarão pelo mesmo protocolo. “Cada um vai ser tratado de forma individual, para que seja de conhecimento da equipe as necessidades, comorbidades e tempo de recuperação. A intenção é fazer com que o paciente seja recuperado o quanto antes, e isso garante segurança a ele, porque quanto mais tempo internado, ele pode adquirir infecções, pode ter complicações que evoluam para algo a mais que o motivo que o trouxe”, garante.

Com essas medidas adotadas pelo Hugo, a partir de orientações repassadas pela diretoria-geral, existe uma maior rotatividade nos leitos, o que garante que o hospital dê alta na mesma proporção que admite — isso evita superlotação ou falta de lugares para internar. A unidade hospitalar também consegue gerir mais o dinheiro público voltado para o tratamento, já que o paciente se cura mais rápido e fica menos tempo internado.

Dos 110 leitos destinados a pacientes no 4º andar da unidade, a média de ocupação atingida antes da implementação deste protocolo, em fevereiro, variava entre 84% e 90%. O período de internação dos pacientes era em média de 9 dias. Hoje, com tudo em funcionamento, o Hugo atende mais pessoas que ficam menos tempo internadas. “Estamos com taxa de ocupação em 94%, e temos um período de ocupação médio de 7 dias para cada paciente”, descreve Patrícia.

“Claro que temos casos de pacientes que necessitam de períodos mais longos, e nesta questão, implementamos um tratamento multidisciplinar, com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e fonoaudiólogos. Essa equipe discute cada um dos casos até três vezes por semana, para entender cada situação e tratar de forma individualizada e de forma humana, para devolver a dignidade e a rotina aos pacientes”, explica Patrícia.

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