Indicada para pacientes graves, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são uns dos espaços mais complexos de um hospital. Para humanizar o atendimento e diminuir os efeitos negativos da internação, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) implantou o projeto “Quem sou eu?”.
A ação busca resgatar a identidade de cada um dos pacientes por meio de uma coleta de informações sobre a história de vida deles. São informações como o nome que o paciente gosta de ser chamado, data de nascimento, música e assuntos favoritos, o que gosta de comer, se tem bicho de estimação. Tudo é escrito em uma folha A4 que fica ao lado do leito. Com esse conhecimento o sobre o paciente, a equipe médica da UTI estabelece vínculos e assim fornece um tratamento melhor.
De acordo com a coordenadora do serviço de psicologia do HMAP, Eliene Rosa o projeto “Quem Sou Eu?” faz parte do cuidado centrado no paciente. “Quando recebemos um paciente não contactuante, devemos lembrar que ele é o amor de alguém, que ele tem suas vontades, suas preferências. Muitas vezes, quando envolvemos esse paciente de forma que torna familiar podemos ter uma evolução mais favorável, para isso é necessário que a equipe conheça quem é o paciente”, explica.
Para humanizar o atendimento é necessário individualizar a assistência de acordo com as necessidades de cada um. Quando o paciente é internado, ele deixa de ser uma pessoa e passa a ser conhecido pelo seu número do seu leito.
“Por questão de empatia, de ver o paciente não apenas como um número, e sim como um ser humano que precisa de todo o cuidado e atenção que possamos oferecer implantamos o projeto na unidade de saúde”, relata Eliene.
Eliene ressalta a importância do projeto principalmente nesta pandemia. “Este momento onde todas as visitas estão suspensas é de aproximar o paciente com toda a equipe, de conhecer cada um de forma mais intima”.
O programa vai ser permanente e realizado com todos pacientes admitidos nas UTIs do HMAP.