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Em terapia coletiva após casos de coronavírus, colaboradores do Hugo se expressam através de arte

Os profissionais de todas as áreas do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), recebem uma assistência psicológica e terapêutica, para que sejam fortalecidos ao enfrentamento desse período de coronavírus. Por este mesmo motivo, o projeto ganhou o nome de ‘Fortalecer’. Através de arte, muitos profissionais expressam seus sentimentos, durante os trabalhos que realizam durante a pandemia.

A coordenação multiprofissional é responsável pelos encontros, que acontecem diariamente, em vários locais da unidade hospitalar, com grupos de profissionais. Eles revelam os temores por perceber que no mesmo ambiente de trabalho, ou até mesmo na sala em que ocupam têm registro de um colega infectado, ou que existe, a cada dia, mais pacientes com sintomas e diagnóstico positivo. Isso aumenta o medo e a incerteza do trabalho, e é por esse motivo que a equipe de psicologia desenvolveu o projeto.

“Todos estamos suscetíveis ao medo, e a forma de expressar ele acontece nesses encontros. Todos precisamos estar fortalecidos, desde o pessoal da limpeza, à equipe multiprofissional, ou o superintendente que está aqui, na gestão do hospital e precisa trabalhar todos os dias no ambiente. Se são colocados os medos para fora de alguma maneira, através de conversa, canto, ou arte, a pessoa é transmitida para um lugar de conforto”, esclarece Letícia Vieira, coordenadora multiprofissional e psicóloga do Hugo.

O FORTALECER
Os atendimentos são em grupos, e a iniciativa do Fortalecer é da psicóloga Mônica Francisca Benevides, que leva música com temas direcionados, além de dar oportunidade para que o colaborador se expresse, se extravase de alguma maneira, durante o período em que acontecem os encontros. Cantar, contar sobre o medo que está sentindo, falar sobre como foi ver o colega diagnosticado com coronavírus ser afastado do hospital, fazem parte dos momentos.

Para a coordenadora multiprofissional Letícia Vieira, essa é a oportunidade que o servidor tem de praticar o autoconhecimento. “Primeiro o projeto vem para ajudar às pessoas a reconhecerem o próprio sentimento. É para que esse colaborador possa se abrir, e se expresse em palavras, porque assim que ele se expressa, ele sai de algum lugar para outro, ou seja, do lugar do medo para o lugar da segurança.”

Vieira revela que o atendimento dado ao paciente foi a maior preocupação, quando o Projeto Fortalecer estava sendo criado. “É uma reação em cadeia. Nós precisamos tratar primeiro a raiz. Se o colaborador está mais seguro, vai tratar o paciente com mais eficácia, mais humanidade”, avalia.

Os encontros acontecem de segunda-feira a sexta-feira, em horários alternados, para que todos os departamentos sejam visitados. Hospital é o primeiro do Estado a fornecer um programa assistencial a profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.

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