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Saúde mental durante isolamento

Com o intuito de frear o contágio do novo coronavírus, os brasileiros assim como o mundo, da noite para o dia, tiveram de mudar suas rotinas e se distanciar de familiares, colegas e amigos.

De acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não é o momento para a flexibilização das medidas de confinamento adotadas para conter a propagação da pandemia de covid-19. Contudo, o isolamento social tem os seus efeitos colaterais, principalmente no que diz respeito à saúde mental.

A Agência Nacional de Saúde (ANS), na crise atual, recomenda aos planos de saúde que adequem suas redes para disponibilizarem atendimento remoto utilizando recursos de tecnologia da informação e comunicação.

Ou seja, a disponibilização de consultas e atendimento psicológico de forma online. Contudo, especialistas da área de Psicologia enfatizam a prevenção e as pequenas ações que podem ser feitas individualmente para aliviar o estresse, o medo e a ansiedade intensificados pelo isolamento, antes de se fazer necessário a procura por um profissional.

Em uma live disponibilizada nas redes sociais na terça-feira (7) com a presença do professor e doutor Marcelo Demarzo, especialista em Mindfulness e o psicólogo Diego Salzgeber Santos, foram apresentadas algumas ações diárias para o cuidado com a saúde mental durante o isolamento e a importância de prestar atenção ao que o nosso corpo diz através das emoções.

"Todos os transtornos emocionais e todas as emoções são considerados como uma forma de comunicação que seu corpo tem para com você. Se eu tiver com uma dor no joelho, meu corpo está avisando que tem uma coisa errada ali. Se por exemplo, por estar muito tempo dentro de casa eu sinto angústia, tristeza, raiva, ou qualquer sentimento fora do seu padrão normal é o corpo falando que algo precisa ser feiro. A tendência das pessoas é tentar guardar e excluir tais emoções, contudo o correto seria escutá-las. A partir do momento em que você a escuta e a entende, você tem mais caminhos a serem percorridos para encontrar as soluções.", explica, Salzgeber.

As soluções são variadas, segundo o psicólogo, e podem ser encontradas em um momento de relaxamento, através de meditação, se abrir com colegas, amigos e se necessário para um profissional, a prática diária de exercícios físicos e o cultivo dos relaciomentos saudáveis, utilizando a tecnologia para isso.

Fases emocionais durante o isolamento

Segundo Marcelo Demarzo existem fases emocionais durante o isolamento. "A fase mais aguda é medo da infecção. Dentro da quarentena podemos ter sentimentos de medo, e uma reação de luta e fuga, relação de estresse aguda, podendo apresentar dores de cabeça, náuseas, tontura, palpitação e uma série de sintomas e sinais relacionadas ao medo"

Em seguida, segundo Demarzo, existe a "fase do ajustamento". Nesta fase, é necessário encontrar um meio para se ajustar a esse novo estilo de vida, por isso, "ter uma rotina é muito importante para amenizar os sintomas de ansiedade e tristeza". Uma ação simples, como tirar o pijama e colocar a roupa usada para trabalhar, ao trabalhar em casa, segundo o médico, faz diferença, pois condiciona o cérebro a identificar diferentes espaços e papéis sociais, ajudando a manter a rotina organizada.

A terceira fase seria como lidar com as consequências do isolamento, como traumas, perda financeira, ou familiar e questões de relacionamentos.

Dicas

Como já foi dito, estabelecer uma rotina é fundamental. Então, estabeleça horários, se possível crie uma agenda. Estabeleça um horário para acordar de preferência não muito tarde, mas em um horário que possa tomar café da manhã.

Nessa rotina inclua a meditação ou algum ritual que possa fortalecer a mente. Focar nas notícias o tempo todo pode intensificar os sentimentos de medo, insegurança e ansiedade.

Mesmo com o fechamentos de academias, se possível, faça atividades físicas.

Tenha um hobby! Procure um tempo do dia para se dedicar a algo que goste, como leitura, pintura, etc.

Use a tecnologia para manter seus relacionamentos saudáveis e se necessário faça terapia online.

Outra dica é se colocar no lugar do outro e ter empatia, afinal, todos estão passando pela mesma situação em graus diferentes, então, cultive pensamentos positivos.

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