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Especialista dá dicas de cuidados com a pele no clima seco e frio

Durante o inverno, a umidade do ar cai, e as baixas temperaturas provocam diminuição da transpiração corporal, tornando a pele mais seca, o que requer cuidados. Como explica o dermatologista , Adriano Loyola, tanto a pele do rosto quanto a do corpo podem ficar ressecadas nesta estação: “O clima frio e seco pode deixá-las com aspecto esbranquiçado, o que indica a desnaturação das proteínas. Por isso é importante fazer hidratações mais profundas, investir em uma alimentação saudável (rica em vitaminas e antioxidantes) e, ainda, se atentar à temperatura do banho, pois água quente é prejudicial ao couro cabeludo e à pele”.

Principalmente no clima frio, a ingestão de legumes, hortaliças e frutas contribui para neutralizar os radicais livres, prevenindo o envelhecimento da pele. “As frutas ricas em vitamina C – como o morango, a laranja, a tangerina, o limão e a cereja – e vegetais, como o brócolis, o repolho e a cenoura, são exemplos de alimentos para a estação fria”, orienta Loyola.

O dermatologista recomenda que as isoflavonas – substâncias que evitam o ressecamento e melhoram a elasticidade da pele – como a soja e seus derivados – devem ser adicionadas à dieta saudável, assim como castanhas, nozes e amêndoas. “São alimentos ricos em vitamina E, selênio e antioxidantes, importantes aliados para manter a pele saudável e bonita”, completa.

Ingerir bastante líquido também é uma recomendação para manter a pele hidratada. “É comum que as pessoas tomem menos líquido, nessa época do ano, mas é importante lembrar que a ingestão de água é essencial para conservar a hidratação da pele e de todo o organismo, que fica debilitado por causa do frio. Um corpo hidratado apresenta uma pele macia e elástica”, pontua o presidente da SBD-GO, que completa: “Para quem tem dificuldade em tomar água, durante o frio, uma boa ideia é ingerir chás claros ou de frutas, dividindo a quantidade indicada para um dia – dois litros –, entre água e chás”.

O médico lembra que essa é uma boa época do ano para que sejam realizados procedimentos na pele: “Alguns tratamentos dermatológicos requerem que os pacientes evitem a exposição ao sol como peelings e tratamentos a laser. Procedimentos de depilação também são indicados nessa estação”.

Também durante o inverno, algumas doenças podem aparecer por causa do ressecamento da pele. “Dermatite seborreica, dermatite atópica, psoríase e ictiose são algumas dessas doenças”, diz Loyola.

Banho quente X pele

Segundo o médico, o banho quente prejudica a pele e os cabelos. “A água quente é prejudicial ao couro cabeludo e à pele. No couro cabeludo, ela aumenta a secreção da glândula sebácea, causando oleosidade e a proliferação de fungos causadores de caspa. A água quente, apesar de aumentar a oleosidade no couro cabeludo, resseca as pontas dos fios. O ressecamento dos fios também leva à perda de brilho nos cabelos, tornando-os opacos e quebradiços”.

O dermatologista explica que, no corpo, a água quente retira parte da barreira protetora da pele: “Isso promove o ressecamento e ao prurido (coceira), após o banho, e até o surgimento de placas vermelhas chamadas de dermatite. A pele fica grossa, áspera, e pode aumentar a incidência de urticárias em pessoas predispostas”.

Loyola também fala sobre a temperatura ideal da água no inverno: “O ideal é a água morna, em torno de 37 graus, que se assemelha à nossa temperatura corporal. Não é necessário tomar banho gelado. Para saber se a água está morna, basta testar na pele do pulso – se estiver agradável e não ‘pelando’, pode entrar no chuveiro”.

Sobre a duração ideal do banho, o especialista alerta: “A duração ideal seria um banho por dia, de cinco a dez minutos, em água morna (37 graus)”. Mas, se a pessoa não abre mão de tomar banhos quentes, ele orienta como amenizar esses prejuízos: “Use sabonetes Syndet, que são feitos com detergentes sintéticos, e não sabão em si. Esses produtos têm mais potencial hidratante para refazer a barreira cutânea. Não utilize buchas no corpo (apenas nos pés). Use esfoliantes em áreas mais grossas (cotovelos e joelhos) uma vez por semana. Além disso, é importante aplicar hidratante corporal logo após o banho, pois os poros estão bem abertos”.

A respeito da pressão da água, o médico informa: “A pressão interfere nessa relação, ou seja, uma alta pressão da ducha leva a uma retirada mais intensa da camada de hidratação da pele e pode desencadear urticária de pressão em pessoas com predisposição”.

Sobre os cuidados pós-banho no inverno, ele pontua: “Use sabonetes suaves e umectantes. Opte para enxugar o corpo com toalhas mais felpudas, que absorvem mais água; essas toalhas devem ser trocadas a cada dois dias para evitar fungos. É recomendável a hidratação pós-banho; use hidratantes encorpados que contenham ativos de alta performance como ureia, dimethicones, germe de trigo, macadâmia, óleo de avelã, óleo de uva, manteigas, alantoína, pantenol e ceramidas”.

Para o dermatologista, o rosto merece atenção especial. “As peles normais e secas sofrem mais com o ressecamento e requerem cuidados especiais – como cremes de limpeza suaves e cremes nutritivos. Já as pessoas com pele oleosa devem focar em uma boa limpeza com loção adstringente e, em seguida, aplicar hidratantes suaves”.

Independentemente da época do ano, o médico recomenda o uso de protetor solar. “As temperaturas mais baixas podem dar a ilusão de que os raios UV não queimam a sua pele. Mas eles continuam queimando e causando danos cumulativos, por isso não abra mão de um bom filtro solar”, finaliza Adriano Loyola.

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