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SAÚDE

DIU para todas

O Ministério da Saúde am­pliou o acesso ao DIU de cobre, método contra­ceptivo não hormonal, na rede pública de saúde. Agora, o dispo­sitivo será oferecido em materni­dades para mulheres no pós-par­to ou no pós-abortamento. Antes, o acesso era somente via Unida­des Básicas de Saúde. O Disposi­tivo Intra-Uterino não hormonal também passará a ser oferecido em maternidades.

O objetivo do Ministério é que o acesso ao contraceptivo seja ampliado para esse grupo de mu­lheres. Elas poderão ter alta do hospital com o dispositivo já in­serido, caso optem pelo método. A regulamentação da oferta do DIU publicada no Diário Oficial da União do último dia 7.

O DIU poderá ser inserido até 10 minutos após a saída da pla­centa, para diminuir as chances de rejeição, mas ficará disponí­vel para a mulher por até 48 ho­ras. Caso a inserção não seja feita nesse prazo, será preciso esperar 40 dias para realizar o procedi­mento, diz o ministério. No caso de aborto, o DIU deve ser coloca­do após a curetagem.

Trata-se de uma política de in­centivo ao uso do DIU, que é mais barato e tem maior duração (em torno de 10 anos de eficácia), diz a pasta. Hoje, o método é menos difundido no Brasil, apesar de es­tar disponível na rede pública de saúde gratuitamente desde 2000. A pílula anticoncepcional costu­ma ser a primeira opção.

Segundo o Ministério, o método tem uma eficácia de 99,3% e a pílula pode falhar em torno de 6% das ve­zes em função de esquecimentos ou de interação com outros medica­mentos. O DIU é distribuído em to­dos os Estados brasileiros e no Dis­trito Federal. Segundo a Pesquisa Nascer Brasil (2014), o índice de gra­videz indesejada é de 55% no país e a taxa chega a 66% em adolescentes.

O Diário da Manhã conversou com o ginecologista Eduardo Cruz sobre o assunto e ele afirma que, por não ter hormônio, o DIU pode ser usado em pacientes com contrain­dicações a anticoncepcionais e res­salta que é um método seguro e efi­caz. O DIU de cobre dura 5 anos no organismo e deve ser usado por ca­sais com vida estável e deve ser evi­tado por mulheres com múltiplos parceiros. Apesar de não causar in­fecção, ele pode agravar uma infec­ção que for contraída na sua presen­ça com sequelas no útero e trompas.

“Mesmo com 99,6% de eficácia, o DIU de cobre deve ser evitado em casos de anemia severa e por mulheres que tem cólicas inten­sas, pois ele pode aumentar o flu­xo menstrual. O procedimento par­ticular fica em torno de 700 reais e pode ser retirado a qualquer mo­mento e a reversibilidade do mé­todo é imediata” explica.

Cruz ainda ressalta que o con­traceptivo pode ser usado já na adolescência e é recomendado pela Sociedade Americana de Pe­diatria. Ele é contraindicado em DSTs, sangramentos de origem desconhecida, má formações ou distorções do tamanho ou formato do útero e doença de Wilson, que produz excesso de cobre.

CONFIRA A SEGUIR OS PRÓS E CONTRAS DO MÉTODO :

  • Vantagens


- Não ter de se lembrar de tomar ou trocar o anticoncepcional

- Não interfere nas relações sexuais

- Pode ser removido quando a paciente desejar

- É um método contraceptivo reversível

- Pode ser inserido durante a amamentação

- Pode ser indicado para mulheres que apresentam contraindicações ao uso de estrogênio

  • Desvantagens


- Aumento no volume de sangramentos e cólicas

- Dor e pequeno risco de perfuração uterina durante a colocação

- Dores durante o período menstrual com o uso de DIU de cobre

- Sangramentos discretos e independentes do período menstrual com o uso de DIU de progesterona

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