Home / Saúde

SAÚDE

Apenas 4 dos 133 médicos de Goiânia estavam no trabalho durante inspeção

A Comissão Especial de Inquéritos (CEI) realiza a apuração dos problemas de saúde em Goiânia. Durante inspeção realizada na manhã desta quarta-feira (01/11) foi encontrado um grande déficit de pessoal. Apenas 4 médicos dos 133 contratados foram encontrados no trabalho.

Outro problema identificado pela comissão é que falta médico para atendimento nas unidades de saúde, a maioria está alocada na área administrativa.

“Vamos aprofundar a investigação, mas o que observamos é que, enquanto faltam médicos nas unidades de saúde, há um número alto de profissionais que teoricamente estariam executando funções administrativas, mas não há comprovação de que todos estão realmente trabalhando”, destacou Elias Vaz, o relator da CEI.

No Centro de Regulação aonde são identificadas as vagas na rede pública de acordo com o quadro dos pacientes, há 52 médicos lotados, no entanto apenas 4 foram encontrados cumprindo a carga horária. Os únicos em toda a cidade. Ainda segundo a gerente do departamento, há dois turnos de trabalho: quatro médicos atuam durante o dia e outros três no período da noite. O que resulta em um déficit de 45 médicos.

Vagas na UTI

Sobre as vagas na UTI uma das médicas responsável, Roberta Silva, esclareceu que mesmo quando há leitos disponíveis no sistema, é preciso ligar nos hospitais para confirmar. Elias Vaz relatou que a atitude “Reforça a nossa suspeita de que o Município não tem autonomia para encaminhar o paciente. Dá a entender que, no fim das contas, é o hospital quem decide se vai receber ou não o paciente e nem sempre usando critérios técnicos pra isso”.

No último fim de semana, a lista de espera para leitos na UTI chegou a 116, o número mais alto registrado nos últimos meses. Segundo o relator, alguns hospitais realizam uma seleção, preferem os casos menos graves e com tratamento mais barato, para aumentar a margem de lucro.

Em conversa com a secretaria de saúde, Fátima Mrué, os vereadores indagaram sobre a falta de leitos na UTI. Fátima relatou que "A taxa de ocupação está realmente baixa e isso nos preocupa, precisa ser resolvido. O paciente não pode ficar mendigando vaga enquanto a vaga existe” e complementou que "a taxa de ocupação de leitos de UTI em Goiânia está inferior a 50%, quando o recomendado pelo DataSus é de 90%."

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias