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SAÚDE

Ministério Público abre ação para apurar granulado

O prefeito João Dória lançou na última semana um tipo de farinha, produzida através de alimentos próximos da data de validade, que será distribuída em escolas e Centros de Acolhida para moradores de rua. A proposta é de diminuir os índices de fome através da farinata.

A decisão desagradou a muitos. A iniciativa tem sido duramente criticada por nutricionistas e pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). "O Guia Alimentar, publicação oficial do Ministério da Saúde com as diretrizes sobre alimentação saudável, enfatiza que a dimensão cultural e social da alimentação é fundamental para o exercício e expressão da cidadania de todas e todos e recomenda que os alimentos in natura ou minimamente processados sejam a base da alimentação de brasileiros e brasileiras".

Dória defende que a farinha contém todos os nutrientes necessários para a dieta humana. 

No entanto, as reclamações dizem respeito a falta de informações sobre os nutrientes e a forma como esse produto será utilizado.

O processo para a produção da farinata não é barato, nem simples. Para fabricar a farinha, o alimento deve primeiro ser congelado e posteriormente vai para uma máquina chamada de liofilizador. O alimento permanece por 16 horas neste equipamento para ser desidratado.

A Plataforma Sinergia é a empresa que patenteia o projeto e sua fundadora Rosana Perroti admite que não será possível erradicar a fome, já que o processo não é simples e custa caro. "Como vamos conseguir produzir em escala para acabar com a fome? Somente através de políticas públicas, somente através de lei. A gente não pode abrir essa tecnologia para uma, duas, três toneladas. A gente está falando aqui de muito volume de alimento".

A ideia é que os próprios fabricantes do produto realizem esse processo, para que a prefeitura não tenha gastos na produção da farinata.

Dória anunciou que a farinha começara a ser distribuída de forma gradual nas escolas e Centros de Acolhida ainda este mês. 

No entanto a alimentação escolar é orientada por uma legislação específica. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) estipula que todos os alimentos inseridos na merenda precisam passar por um processo de avaliação, para só então, ser inserido no cardápio das escolas.

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