Home / Política

POLÍTICA

Polícia Federal investiga uso de dinheiro de tráfico utilizando aviões da FAB

No início deste mês a Polícia Federal deflagrou a Operação Quinta Coluna, que investiga um esquema de tráfico internacional de drogas, com uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Deflagrada em 2 de fevereiro, as apurações visam identificar os envolvidos no esquema.

Um dos alvos é o sargento da FAB, Manoel Silva Rodrigues. Anteriormente, ele foi preso levando cocaína para a Espanha. Diálogos entre ele e sua esposa, Wikelaine Nonato Rodrigues, apontam que a vida financeira do casal era instável e motivava muitas brigas entre os dois.

Segundo as investigações, antes de viagens realizadas ao exterior, eles teriam recebido quantias em espécie que mudaram a situação e rotina do casal.

Em uma das conversas, datada de 18 de abril de 2019, a mulher pergunta ao sargento se eles podem sair à noite caso ele consiga receber uma quantia. Em resposta ele afirma que sim e que eles poderiam utilizar o dinheiro guardado em casa. Para os investigadores o dinheiro seriam um adiantamento pelo transporte de entorpecentes.

Logo em seguida, Manoel cita uma visita à uma casa de swing do Distrito Federal. Depois disso, a mulher envia a foto de um panfleto com a programação do estabelecimento confirmando a ida deles após uma missa que participariam.

Outro possível envolvido - que é citado nas conversas do casal, é o também militar da FAB Jorge Luiz da Cruz Silva. De acordo com as diligências, ele tinha a função de recrutar pessoas para o transporte de entorpecentes.

Gastos excessivos

Segundo os agentes federais, o casal fez uma reforma no valor de R$ 26 mil no apartamento em que residiam e algumas testemunhas alegam que os dois gastavam excessivamente.

Manoel Silva Rodrigues comprou uma motocicleta de R$ 32 mil à vista antes de ser preso e Wikelaine costumava fazer diversos depósitos em dinheiro.

Chico Bomba

A Operação Quinta Coluna também investiga Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como “Chico Bomba”. Ele é suspeito de ser um dos proprietários da droga que era transportada por Manoel Silva.

Marcos Gama teve sua casa sequestrada judicialmente. O imóvel é avaliado em R$ 4 milhões. Além disso, a PF suspeita de que ele mantinha alguns negócios para lavagem de dinheiro. Ele é sócio de ao menos três empresas que foram alvos da operação.

Além das empresas, o suspeito possui imóveis de alto padrão, dentre eles um é avaliado em R$ 1,6 milhão e outro, em R$ 2,3 milhões. Ele também obteve acréscimo patrimonial de R$ 3,3 milhões sem comprovação. Seus bens eram adquiridos com dinheiro em espécie.

Conforme uma publicação do portal Metrópoles, Marcos Gama possui passagens na polícia por posse ilegal de arma de fogo e receptação além de estupro.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias