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TJGO promove live para discutir visibilidade trans

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) promove, nesta sexta-feira (29), às 13 horas, uma live alusiva ao Dia da Visibilidade Trans, que será transmitida pelo canal oficial do Tribunal, no Youtube. Este é um dos últimos eventos da gestão do desembargador Walter Carlos Lemes, que durante seu mandado trabalhou muito pela inclusão.

No final de 2020, o tribunal aprovou a Resolução nº 134, que institui a Política de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Goiás, com finalidade de elaborar ações estratégicas, projetos e programas que visam impulsionar avanços na proteção dos direitos humanos, o que culminou na criação de comitês de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário; de Equidade e Diversidade de Gênero; de Igualdade Racial; de Acessibilidade e Inclusão; de Acesso à Justiça e de Ética.

A live, que tem objetivo de conscientizar a população e combater a violência e a discriminação contra esse público, terá a participação da juíza auxiliar da Presidência, Sirlei Martins da Costa, uma das idealizadoras da política de promoção dos direitos humanos no TJGO. Além dela, o assunto será discutido também pelo assessor-chefe de comunicação institucional do TRT8, que atua na área de comunicação pública e relacionamento com a comunidade há mais de 20 anos e desenvolveu um trabalho em prol da visibilidade trans no Estado do Pará.

Também participarão da live a advogada especialista em Direito da Família e LGBTQI, Chyntia Barcellos; professora Yordanna Lara, pesquisadora do TransUFG, do Rosa Parks e co-fundadora do Coletivo TransAção, também da Universidade Federal de Goiás, e a delegada de Polícia Civil, Laura de Castro Teixeira, que fez a operação para mudança de sexo em 2013 e, com isso, promoveu uma ampla discussão sobre o tema, nacionalmente.


Data histórica
O Dia da Visibilidade Trans é celebrado no dia 29 de janeiro. Neste dia, em 2004, pela primeira vez na história do Brasil, travestis e transexuais estiveram no Congresso Nacional para falar aos parlamentares brasileiros sobre a realidade dessa população. Apesar dos 16 anos do estabelecimento da data, ainda é difícil encontrar dados sobre a população trans no Brasil, mas os números relacionados à violência contra essa parcela da população continuam crescendo.

Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2019, pelo menos 124 pessoas transgênero, entre homens e mulheres transexuais, transmasculinos e travestis, foram assassinadas no Brasil, em contextos de transfobia. Somente nos dez primeiros meses de 2020, o número chegou a 151 assassinatos de pessoas trans em todo o País.

Por outro lado, nas eleições municipais de 2020, o número de candidaturas de pessoas trans aumentou 195% em relação ao pleito de 2016. Segundo a Antra, 266 candidaturas foram registradas no País.

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