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Uma universitária de 18 anos afirma ter sido espancada pelo pai, o vereador José Carvalho Pereira, conhecido no meio político como "Zé Lambão" (PSD).
Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil da Bahia para investigar a denúncia feita contra o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Formoso, cidade a cerca de 400 quilômetros de Salvador.
De acordo com a jovem, as agressões teriam ocorrido no domingo (12), na casa de familiares. Rafaella usou o Instagram para relatar o caso, por meio de fotos e vídeos.
Nas imagens, é possível ver um inchaço e um coágulo vermelho no olho da jovem além de arranhões pelo braço e pescoço.
"Não foi nem uma discussão. A gente estava numa roça, com toda a minha família, e ele foi e comentou sobre a faculdade, falou que eu não iria consegui terminar. Nisso eu fiquei muito chateada, comecei a chorar e pedi para uma amiga me buscar. E aí eu falei com a minha madrasta para me deixar na cidade do lado. Aí ele se estressou porque eu estava chorando, me trancou no quarto e fez isso comigo", conta a universitária no vídeo, com voz de choro.
Rafaella disse que essa não foi a primeira primeira vez que seu pai teria a agredido e afirmou que ele tentou afogá-la em uma piscina, quando ela tinha 14 anos.
Em entrevista à Universa, a estudante de medicina conta que fez um boletim de ocorrência contra o parlamentar e passou por exames de corpo de delito.
Ela também pediu à Justiça uma medida protetiva de emergência, na qual, o agressor não poderá se aproximar da vítima.
Outras agressões
Rafaella declara que sua mãe, ex-mulher de Pereira, também já foi vítima de violência. "Na verdade, eu esperava. Eu vivi 18 anos vendo ele fazendo isso com a minha mãe a vida inteira, porque ele é um monstro, ele é um lixo. Hoje aconteceu comigo por conta de uma discussão", desabafou ela.
Diferentemente da mãe, Rafaella decidiu denunciá-lo. "Ele fez isso a vida inteira com minha mãe, e eu decidi não me calar: não deixar ele fazer o que fez comigo e fez com outras pessoas".
Rafaella conta que o pai foi preso suspeito de matar um homem que havia cobrado uma promessa de campanha dele.
Solto depois de um mês, Pereira responde em liberdade pelo crime de homicídio em 2016.
"Ele é um assassino", aponta a estudante.
De acordo com Rafaella, depois que ela divulgou as agressões, o pai mandou mensagens para intimidá-la. "Ele acha que pode sair impune porque tem dinheiro. Ele não tem como contar a versão dele, porque ele não tem o que falar."
*Com informações do UOL
