Home / Política

POLÍTICA

Pesquisa: Bolsonaro lidera, mas Moro se aproxima

Instituto Paraná divulgou pesquisa presidencial neste sábado, 2, para 2022: Jair Bolsonaro lidera com 27% contra 18,1% de Sérgio Moro. Com Fernando Haddad, o PT marca 14,1%. Com Lula, Bolsonaro cai para 26,3%. Lula consegue empate com 23, 1% e Moro cai para 17,5%. A pesquisa foi realizada entre 26 e 29 de abril. A sondagem diz muito da construção política do país na atualidade:

1. Bolsonaro lidera com 9% de diferença em relação a Sérgio Moro. Muito pouco diante de um primeiro mandato.

2. Bolsonaro tem recorde de rejeição ao seu governo. Isso não ocorre há tempos. Nem Dilma nem Lula passaram por isso. FHC teve problema semelhante. Mas se reelegeu.

3. A pesquisa é um alerta para a esquerda: Fernando Haddad tem mais rejeição até do que Bolsonaro (na absurda casa de 49%).

4. Apenas Lula aparece com bom desempenho. Mas precisa de uma brecha da lei, afinal é criminoso. Estranhamente Ciro não pontua. Estão boicontando ele em vários cenários e pesquisas.

5. No centro, João Doria (PSDB) está abaixo de Luiz Mandetta (DEM). Os dados da pesquisa (de outras feitas pelas equipes do presidente) já mostram uma preocupação para Bolsonaro. Por isso ele está tão inquieto: com o povo trabalhando, a economia funciona. Sem o Brasil quebrar, quem fica vota com mais tranquilidade. Afinal, povo que morreu não vota mesmo - e logo não vota em ninguém. Por isso Bolsonaro defende o fim das quarentenas. Outra: ele precisa segurar o eleitorado evangélico e o grupo de origem para não desmoronar. Se cair de 27% para 20% nas próximas avaliações corre o risco do efeito manada dos evangélicos neopentecostais (mais Assembleia de Deus, cada vez mais neopentecostal) migrar para Moro. Evangélico (uns 40%) votam em quem pastor manda. E pastor vota em quem tem chances de ganhar. Desde Collor é assim. Logo, a situação de Bolsonaro é de fim de festa. O Moro, por exemplo, nem anunciou candidatura. Se isso ocorrer, tende a dobrar de indicações em um ano. Foi assim com outsiders - Bolsonaro, por exemplo. E ao contrário de Bolsonaro, sua rejeição é a menor - ou seja, no segundo turno tende a receber apoios vários, até da "esquerda". Imagine então numa disputa em segundo turno Moro x Bolsonaro? Bom, a esquerda (20% ou um pouco mais) votaria em peso no branco. Mas Moro teria muitos votos. Mas não teremos uma disputa Moro e Bolsonaro em 2022. Um deles morrerá na praia até lá. E um candidato da esquerda chegará no segundo turno. Se for Lula, ele ganha por conta da rejeição de Bolsonaro, hoje maior do que a dele. Se for Moro, será uma disputa eletrizante. Qualquer outro perde tanto pra Boldonaro quanto para Moro. Isso baseado aqui nesta pesquisa e com dados de hoje. Eleição não é futebol. Com pontos corridos.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias