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Defesa de Moro confirma veracidade de vídeo ministerial sobre declarações de Moro

A exibição do vídeo começou no horário do almoço e terminou por volta das 14h30, mostrando a reunião ministerial do dia 22 de abril. Algumas fontes que presenciaram este ato, que pode ser uma prova do inquérito, e que já está anexado, confirmam que de fato a exibição do vídeo foi integral, sem nenhum recorte. Tendo inclusive um posicionamento da defesa do ex- ministro Sérgio Moro, declarando que assistiram o vídeo da reunião inter- ministerial ocorrida no dia 22 de abril.

O material confirma integralmente as declarações de Moro, na opinião da defesa, da entrevista coletiva do dia 24 de abril e em depoimento prestado à Polícia Federal (PF) no dia 2 de maio. E afirma que é de extrema relevância e de interesse público que esse vídeo venha à tona. Ele não possuí nenhuma menção a tema sensível a Segurança Nacional.

A exibição do vídeo estava agendada para o início da manhã de hoje, mas só ocorreu no horário do almoço. É importante lembrar que o vídeo foi entregue pessoalmente em HD pelo advogado-geral da União, José Levi, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa entrega foi acionado um código de acesso, que só a PF tinha conhecimento, sendo um procedimento de segurança para a abertura do HD, inclusive com a presença de técnicos e peritos. Isso tudo para garantir que não teria qualquer interferência nesse material, que está sendo usado como prova no inquérito. A exibição acabou com todas as partes assistindo e com o término por volta das 14 h30. Algo que chama a atenção é que estaria marcado para às 15h a reunião com os 3 ministros palacianos que serão ouvidos no inquérito.

Conforme a defesa de Sérgio Moro,ele tem colaborado com as informações que tem prestado, desde que deixou o governo. Então agora, nesse segundo momento os ministros Geraldo Heleno, Braga Neto e Luis Eduardo Ramos serão ouvidos pelos investigadores.

A importância desses dois atos são, que primeiro dizem respeito ao vídeo, que teria sido filmado no dia 22, onde havia uma reunião inter-ministerial, e que Sérgio Moro confirma que perante a presença desses ministros citados, o presidente Jair Bolsonaro deixou clara a intenção de interferir politicamente na PF e fazer uma nova nomeação para assumir o cargo da direção.

Por conta disso o vídeo está sendo usado como prova no inquérito. Segundo Moro, no dia seguinte (23), esteve em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que deixou evidente entre os dois, a intenção de exonerar o então diretor-geral da PF, indicado por Moro, Maurício Valeixo. Para Moro, ele não teria ficado satisfeito porque não entendeu o motivo da exoneração de Valeixo. Posteriormente conversou com os 3 ministros sobre a intenção do presidente e deixou claro sua insatisfação com esse posicionamento.

Caso não pudesse indicar um novo diretor-geral, um nome técnico, que estava na carreira, e que ele pudesse ter uma participação objetiva na escolha, ele chegou a sugerir dois nome. Teria dito aos ministros que se de fato o presidente continuasse com essa decisão de exonerar Maurício Valeixo, sem um motivo razoável, ele iria deixar o governo e expor para a imprensa o motivo de sua saída.

No dia 24 de abril, quando o então diretor-geral Maurício Valeixo foi exonerado no Diário Oficial da União (DOU), e em depoimento Valeixo afirma que recebeu uma ligação direta do presidente, comunicando a ele que de fato seria exonerado e disse se poderia sair a pedido, que ele daria anuência, pois Valeixo não pediu para deixar o cargo.

Portanto dois fatos a respeito desse vídeo, que são comprobatórios para a condução desse inquérito. O Ministro Celso de Melo, deixa o vídeo em sigilo, mas pediu para a PF fazer uma análise para posteriormente ser divulgado publicamente.

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