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POLÍTICA

Impasse nas políticas públicas de saúde

A pandemia de Coronavírus Covid 19 exige investimentos do Estado, dos fundos públicos, da União, Estados e municípios, para impedir a sua disseminação, conter a contaminação explosiva e reduzir o potencial número de mortes, como as que ocorreram na China, Itália, França, Espanha e Estados Unidos, país que apresenta os piores índices, hoje. É o que avalia o médico graduado na Universidade de Brasília [UNB], mestre em Saúde coletiva, pela Universidade da Bahia, doutorando em Bioética, na Universidade de Porto, em Portugal, Fausto Jaime [GO].

Os países menos atingidos pela atual crise de saúde e sanitária, com menor taxa de letalidade, como Inglaterra, Alemanha, Canadá e Portugal, possuem um sistema público de saúde universal, de excelência, no atendimento primário, explica o pesquisador. O estudioso recomenda isolamento social, permanência do cidadão em casa, o uso de máscaras, consumo de álcool-gel, com medidas de higiene e limpeza severas, a redução drástica dos contatos, alimentação rica em nutrientes, vida saudável, com a prática permanente de exercícios físicos 

Para aumentar a imunidade, pontua. O clima do Estado de Goiás, com elevada temperatura, ao contrário do inverno rigoroso de China, EUA e Itália pode, sim, contribuir para o controle do avanço da doença, no Brasil e em Goiás, calcula o médico especialista em Medicina Intensiva pela AMIB, sanitarista graduado pela Fundação Osvaldo Cruz – Fiocruz, além de possuir mestrado em Medicina Tropical pelo IPTESP, Universidade Federal de Goiás [UFG]. A ciência irá produzir a vacina contra o Coronavírus Covid 19, em curto tempo, ele prevê, animado.

Depois de conhecer  a estrutura de saúde de Portugal, no Velho Mundo, e Canadá, na América do Norte, Fausto Jaime critica a postura que classifica como ‘equivocada e sem rumo’ do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. O inquilino do Palácio do Planalto ataca os governadores de Estado que estabeleceram medidas de quarentena e isolamento social, com o fechamento do comércio, indústria e permitiu a abertura apenas dos serviços essenciais, desabafa. O conceito da Escola de Chicago, de Estado Mínimo, está sepultado, anuncia o médico.

"É preciso salvar vidas!"Fausto Jaime, médico

Pico de contágio

O médico Jardel Sebba aponta que o Brasil está, hoje, no pico máximo de contágio. Ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, ex-prefeito de Catalão, ex-secretário de Estado de Gabinete, governador de Goiás interino, ele defende o isolamento social, a proibição de aglomerações, também insiste no uso de máscaras, álcool-gel, vida saudável, e injeção de recursos da União, Estados e municípios. Para impedir uma catástrofe social, explica. O especialista vê erros dos gestores de saúde da Itália.

Apesar disso, é fundamental observar e ouvir as reclamações do mercado, dos empresários, para impedir uma quebradeira da economia, saques, violência e fome.

Jardel Sebba, médico

A economia não pode parar, registra o cardeal socialdemocrata. Uma liberação parcial e gradual do mercado seria o ideal, frisa. A cautela, porém, deve ser mantida, fuzila. Jardel Sebba propõe um isolamento vertical, para os rotulados grupos de risco, como os idosos, portadores de doenças crônicas, como hipertensão, cardiopatias, tabagismo. O cenário irá se normalizar, acredita. Não creio em um ‘caos total’, como anota o médico e escritor Dráuzio Varella, diz. Pesquisador, ele insiste que Luiz Henrique Mandetta está mais certo do que Jair Bolsonaro.

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