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Desabafo de Moro: para juristas o ex- ministro da Justiça revelou em seu pronunciamento crimes de responsabilidade de Bolsonaro

No seu depoimento coletivo de saída, nesta sexta-feira (24), o ex- ministro da Justiça e da Segurança, Sérgio Moro, destacou que sua saída do cargo de devia em parte ao fato de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), querer informações confidenciais de inquéritos avaliados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Moro ainda declarou que "crimes de responsabilidade" teriam sido cometidos pelo presidente da República, disse.

Segundo Pedro Abramovay, mestre em direito constitucional e ex- Secretário Nacional de Justiça, "Moro acusou hoje Bolsonaro de crime de responsabilidade. Acho que a gente já vinha vendo alguns, mas talvez seja o mais grave colocado por alguém que tenha sido seu fiel escudeiro. O debate sobre impeachment hoje entra no Brasil em uma nova fase", sustentou.

Muitos lamentam a saída de Moro do ministério da Justiça e Segurança

Membros do Ministério Público Federal lamentaram a saída do ex- juiz federal Sérgio Moro do cargo de ministro da justiça, após 17 meses a frente da pasta. Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), após analisar a fala de Moro, considerou que há evidências de crime de Bolsonaro no episódio da demissão do ex- diretor da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. Conforme os procuradores da República, a renuncia de Moro aprofunda a crise vivida no país que já enfrenta a pandemia do Covid-19 e seus efeitos na economia, e diminuí as expectativas de que o governo Bolsonaro tenha empenho com um efetivo combate a corrupção.

Qual o motivo da saída de Moro

Em seu pronunciamento o ex- ministro da Justiça Sérgio Moro, justificou hoje que deixa o governo do presidente Jair Bolsonaro após a exoneração do diretor- geral da PF, Maurício Valeixo, por ele indicado e por ser um profissional de confiança do ex- juiz. Este foi o ápice em uma relação conflituosa desde janeiro de 2019, quando Moro e Bolsonaro assumiram seus cargos no governo.

Sergio Moro ainda considerou que "esse último ato[a exoneração de Valeixo] é uma sinalização de que o presidente realmente me quer fora do cargo", disse. Ainda reiterou que soube da exoneração a partir da publicação no Diário Oficial, nesta madrugada, e acrescentou que "eu não assinei" [a exoneração], destacou.

*Com informações do UOL

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