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Caiado diz que Marconi é "assessor subterrâneo" de João Dória

O clima esquentou nos bastidores da política nacional nesta sexta-feira, 6: há poucos dias, Jair Bolsonaro (PSL) chamou João Doria (PSDB), governador de São Paulo, de “ejaculação precoce”. Motivo: Dória não cumpre mandato e já pula para o próximo.

Estaria em seus planos fazer o mesmo daqui pouco mais de três anos, quando ocorrerão novas eleições presidenciais. Dória quer ser o nome do PSDB no lugar de Geraldo Alckmin.

Procurando espaço na mídia nacional, justamente para iniciar este movimento em direção ao Planalto, Doria entrou em um entrevero que ocorria entre Bolsonaro e Michelle Bachelet, comissária das Nações Unidas: “Cuide mais de seu país”.

A referência se deve ao fato do presidente ter realizado uma crítica à política chilena após ela ter provocado Bolsonaro.

O governador de São Paulo até que estava bem em seus debates quando uma denúncia explodiu nas redes sociais: seu governo teria supostamente copiado uma propaganda do Governo de Goiás sobre segurança pública.

Aí, em vez de manter suas críticas, Dória teve que sair estrategicamente de cena.

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Pelas redes, em poucos minutos, correu o bordão e hashtag: #doriafake. Na propaganda de Goiás, a polícia é mostrada com altivez e em um nítido primeiro plano, em sua atuação quase cinematográfica. A propaganda de São Paulo segue o mesmo roteiro.

Logo após a enxurrada de críticas ao governador de São Paulo, eis que surge o deputado federal Alexandre Frota (PSDB), eleito para ser oposição exatamente a partidos como o PSDB, para disparar contra Caiado.

Frota é recém chegado no PSDB e em seu perfil biográfico da Câmara dos Deputados não menciona toda sua biografia, como o fato de ser uma estrela do mundo pornográfico.  

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Postagens que ocorreram após o enfrentamento entre Caiado, Alexandre Frota e João Doria

Com erros de português, as postagens de Frota levaram o governador de Goiás a enquadrar o PSDB de São Paulo: "Estou recuperando Goiás da recessão, corrupção e criminalidade implantadas pelo assessor subterrâneo de João Doria, Marconi Perillo. Aliás, é de nos perguntarmos o que um sujeito com um currículo pior do que o de Sérgio Cabral anda fazendo ao lado do governador de São Paulo."

A imprensa nacional – caso da Revista Crusoé – noticiou o enfrentamento: afinal, Caiado falou o que Doria não queria ouvir.

Dentro do PSDB, existe um pêndulo: se tentam retirar da legenda ou fritar Aécio Neves, considerado pesteado pelo PSDB paulista, os tucanos de Minas apontam para Beto Richa e Marconi Perillo – ex-governadores que chegaram a ser presos pela Polícia Federal.

O fato é que sem uma faxina dentro do PSDB esgotam-se as chances de Doria. A lembrança de Caiado ainda não teve respostas do governador tucano, que sabe da fama “parlamentar” de Caiado. O enfrentamento pode custar caro para o governador de São Paulo.

REDES

As redes não perdoaram o deslize de Dória: “Só que o botoxman vai dizer que foi ele quem criou”, disse Oksana.

“Doria é um fake”, afirmou Male Marcelo.  Já  Andréa disse que “O Dória não quer saber de São Paulo, ele quer saber das eleições  de 2022”. Marcus Campus: “Dória é um oportunista. Surfa nas ondas conforme a conveniência. Lembra um camaleão”.

São Paulo tem inexplicáveis índices de violência

O ator Alexandre Frota disse em seu Twitter que Goiás tem muito que aprender com São Paulo sobre índices de violência. Em defesa de Doria, ele afirmou que o estado tem melhor desempenho que Goiás.

Pesquisas de índices de violência mostram que o caso de São Paulo é ainda inexplicável. Nos últimos dez anos, ocorreu brusca queda nos índices de criminalidade – principalmente homicídios.

Pesquisadores chegam a apontar hipóteses como a que o próprio governo teria entrado em um “acordo” com o crime organizado – no caso, o PCC e ,outras pequenas facções. Daí que os próprios criminosos teriam feito a regulação – o que seria reprovável sob o ponto de vista ético e moral, já que quem tem o monopólio da violência, por lei e conceito, é o Estado.

Já a sensação de insegurança aumentou em São Paulo nos últimos anos, conforme pesquisas realizadas por núcleos de pesquisa do Estado.

Apesar da equipe de Doria contar com satisfação dos dados, a maioria deles se consolidou nas gestões de Geraldo Alckmin - desafeto do atual governador de São Paulo.

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