Paulo Maluf, deputado federal e ex-prefeito de São Paulo, sua esposa e seu filho foram condenados pela Justiça francesa a três anos de prisão por lavagem de dinheiro de 1996 a 2005.
A sentença do ano passado ainda determinou o confisco de 1,8 milhão de euros em contas da família, além de multas que somam 500 mil euros que cada um deverá pagar.
A Justiça francesa alega que os três condenados agiram em associação para ocultar a origem dos recursos que seriam fruto de corrupção e desvio de dinheiro no Brasil na época em que Maluf ainda era prefeito de São Paulo.
A família é condenada pela justiça da França de enviar o dinheiro dos crimes para empresas oofshore e contas em bancos no exterior.
O deputado também é suspeito de corrupção por um depósito feito de US$ 1,7 milhão em uma agência do Crédit Agricole, na França. A justiça francesa desconfia que o dinheiro possa ter sido fruto de desvios em obras viárias de São Paulo, nos ano 90, quando Maluf ainda era prefeito.
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de São Paulo deram apoio à Justiça da França para com a acusação da família.
A Procuradoria-Geral da República foi informada em janeiro deste ano, sobre a condenação e está acompanhando o caso, que ainda não cabe recurso, e já foi solicitada a transferência do processo para o Brasil.
No Brasil
No Supremo Tribunal Federal (STF), Maluf é alvo de suas ações da Procuradoria-Geral da República, onde é acusado dos crimes de quadrilha, corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As ações permanecem em segredo de justiça.