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POLÍTICA

Escândalos políticos viram alvos de piadas sarcásticas

  • Ex-ministro-chefe da Casa Civil é chamado de Josef Vissarionovich Djugashvili Dirceu

  • Autor conta que conviveu com Cheirando Collor de Mello, Devagar Franco e Fumando Henrique Cardoso

  • ‘Enfant terrible’ sugere que nossos eméritos parlamentares passem a se chamar “Vossa Excrescência”

  • Dublê de jornalista diz que o problema dos líderes do PT é que eles vivem no mundo da Lula


- O uso político exagerado do pré-sal pode provocar pré-hipertensão.

É o que afirma em Rouba, Brasil, Editora Matrix, 174 páginas, lançamento, o jornalista ficha-suja Agamenon Mendes Pedreira, que anuncia também a fundação de um novo partido político, o Pré-Sol. Personagem criado por Hubert Aranha e Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta, o velho homem de imprensa é privilegiada testemunha ocular da história.

- Ele viu tanto, que desenvolveu um terceiro olho.

Em 25 anos de militância ‘ativa e passiva’ na mídia tupiniquim, Agamenon Mendes Pedreira conta que conviveu com Cheirando Collor de Mello, Devagar Franco e Fumando Henrique Cardoso. Mas, alega jamais ter trabalhado tanto quanto depois da ascensão ao poder, na Capital da República, de Luiz Mensalácio Lula Molusco da Silva, no turbulento ano de 2003.

- O homem que não sabia demais.

De Xico Sá:

- Agamenon é o cara!

Bem longe do humor a favor, afirma Eduardo Bueno. É pau puro, mesmo!, dispara. É que o repórter sofre de incontinência verbal, explica. O ‘enfant terrible’ chega ao ponto de sugerir que nossos eméritos parlamentares passem a se chamar “Vossa Excrescência”. Afinal, quem mandou comprar deputado federal do Acre – em referência à compra da emenda da reeleição, em 1997.

- Apesar disso, o livro não tem graça. É pura desgraça!

‘Rouba, Brasil’ traz um painel da vida política recente do Brasil. “É um absurdo que deputados federais, em Brasília, tenham sido comprados por R$ 30 mil”, denuncia. Segundo ele, R$ 30 mil é muito dinheiro e os parlamentares não valem tudo isso. O problema dos líderes do PT é que eles vivem no mundo da Lula!, provoca. Irônico, o escritor acha que um mensalão lava o outro.

A metralhadora verbal de Agamenon Mendes Pedreira acerta até no paladino da mídia patropi Rouberto Jefferson. O cantor lírico espalhou o tenor em Brasília. Pela sua performance no escândalo de 2005, ele deveria ter disso indicado para o Oscar de Melhor Delator Dramático. O líder do PTB prometeu roubar a cena... “E dividir com os seus colegas de partido”, alfineta.

Quem acha que o ‘velho caçado pela Interpol’ Paulo Salim Maluf escaparia imune enganou-se. “Depois que apareceram os escândalos de esquerda do PT, todos os seus processos [Os do ex-prefeito de São Paulo] foram transferidos para o Tribunal de Pequenas Causas”, ironiza. Cáustico, Agamenon Mendes Pedreira lembra que o crime e os cheques do Banco Rural compensam.

- A única coisa de esquerda que sobrou no PT foi a contabilidade, que agora está no vermelho!

Preso do Mensalão e na Operação Lava-Jato, José Dirceu é chamado de Josef Vissarionovich Djugashvili. Um trocadilho com o nome de Josef Stálin, que comandou a URSS de 1923 a 1953. Os meninos do Casseta & Planeta narram que ele nasceu em Passa Quatro, Minas Gerais, onde era chamado de ‘Menino Maluquinho’. Indignado com os zeros no boletim, criou a VPR:

A Vanguarda Pré-Primária Revolucionária, que sequestrou a professora e expropriou os doces da cantina da escola, diz. Já em São Paulo, ele resolveu estudar Direito, que logo trocou pelo Esquerdo. Para não ter que estudar, virou líder estudantil, e, com seus discursos inflamados e coquetéis molotovs, incendeia as massas. Em Cuba, conheceu o seu ídolo máximo: Fidel Mastro.

- Josef Dirceu voltou, clandestino, ao Brasil, mas antes fez uma operação plástica e uma lipoaspiração, porque estava se achando muito gordo! [Rarará]

O ator e gaúcho enrustido José Mané de Abreu, emocionado, não se conteve e pediu um viva para três Josés:

- José Ingenoíno, Josef Dirceu e José Mentor.

A crise econômica devastadora do ano de 2008 é objeto de análise minuciosa do autor. “Pensava que quem ia acabar com o capitalismo era o Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales e até o Lula. Mas quem acabou acabando com o sistema capitalista neoliberal globalizante foi o companheiro George Bush [Filho] e o seu fiel escudeiro Alan Greenspan”, observa.

- Desesperados com a crise do capitalismo, milionários de Miami pegaram seus iates e fugiram para Cuba.

1968 recebe um recorte especial. “Não me lembro direito de maio de 68, mesmo porque estava no meio de um 69”, fuzila. Naquele tempo, os travestis não frequentavam Ipanema, nem o Ronaldo Fenômeno, diz. O jornalista afirma ser a favor da anarquia parlamentarista. Irreverente, ele frisa que a crise já acabou. “Estou vendo a luz no fim do YouTube”, metralha.

- A plástica de Dilma foi mais uma obra do PAC!

Mergulhado na sociologia e nas ciências políticas, o senil Agamenon Mendes Pedreira constata que a China é o maior país capitalista de esquerda do mundo. Mais: como Lula e Amy Winehouse, lembra ser devoto da Igreja Anglicana. Apesar de seus voos teóricos, o seu foco mesmo é a política. “A gestão de Dilma é melhor do que novela. Todo dia tem escândalo”. [Kkkkkkkk].

- Parece até que quem escreveu o programa de governo foi a Glória Perez!

Com rigor de economista, ele concorda que a desigualdade social no Brasil diminuiu muito. “Olhe só o que ocorreu com esses dois ministros: Antônio Pallhocci e Fernando Pimentiu não passavam de pobres sindicalistas remediados que andavam de busum e comiam PF [Prato feito]. Mas, graças à próspera atividade de consultoria, os líderes petistas estão milionários”.

- Ainda dizem que pobre não sobe na vida no Brasil...

Agamenon Mendes Pedreira, jornalista que já prescreveu, gosta de citar uma frase de Josef Dirceu: “O Mensalão e o Papai Noel nunca existiram”!. O polemista criado pela troupe do Casseta & Planeta sublinha que, enquanto as grandes metrópoles do País sofrem com a tragédia dos noias, os viciados em crack, Brasília sofre com o tráfico de influência que come solto.

Para a Editoria de Cultura, ele informa que Daniela Mercury introduziu no carnaval novidades musicais como o samba-aranheggae, a lambida [Não é lambada] e o axéreca. “Sempre empreendedora, a cantora patrocinará a afoxota Filhas de Glande, além de apresentar uma nova banda de música, a Chiclete Sem Banana”. Agamenon Mendes Pedreira é taxativo:

- Não sou cantora de axé, mas também gosto de mulher!

O livro analisa o golpe de Estado de 1964. “Líder gaúcho, curiosamente heterossexual, João Belchior Goulart, o Jango, substituiu o presidente da República, Jânio Quadros, cujo governo acabou por falta de combustível. Apavorados com a política esquerdista de Jango e seu parentesco com Brizola, os militares temiam que o Brasil virasse um País comunista ditatorial”, frisa

- Para evitar essa desgraça, os milicos deram um golpe e transformaram o Brasil num País direitista ditatorial. Muito antes do Viagra, os militares decidiram que o Brasil deveria se tornar uma grande potência sexual. Construíram, então, a Ferrovia do Aço, a Transa Amazônica e o Escândalo da Mandioca.

Agamenon Mendes Pedreira foi contra o regime militar:

- Ele preferia a dieta do Dr. Atkins!

PERFIL

livro

Lançamento: ‘Rouba, Brasil – Mensalão, Petrolão, Dilmão, o 7 a 1 e outros escândalos nas crônicas de Agamenon Mendes Pedreira’

Ano: 2015

Editora: Matrix

Número de páginas: 174

Autor: Agamenon Mendes Pedreira

Redatores: Hubert Aranha e Marcelo Madureira

“Mergulhado na sociologia e nas ciências políticas, o senil Agamenon Mendes Pedreira constata que a China é o maior país capitalista de esquerda do mundo” 

“Apesar de seus voos teóricos, o seu foco mesmo é a política:a gestão de Dilma é melhor do que novela. Todo dia tem escândalo”

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