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Lula diz que, se for necessário, será candidato à Presidência

Um dia depois de montar um palanque e dizer que estava em comício, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ontem, que, “se for necessário”, será candidato novamente em 2018.

A declaração foi feita em entrevista à “Rádio Itatiaia” em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, onde Lula estreou uma série de viagens que pretende fazer pelo Brasil para tentar recuperar a popularidade do PT e da presidente Dilma Rousseff.

Questionado se seria candidato em 2018, ele não descartou a possibilidade. “Não posso dizer que sou, nem que não sou [candidato]. Sinceramente, espero que tenha outras pessoas para serem candidatas”, afirmou.

“Agora, uma coisa pode ficar certa. Se a oposição pensa que vai ser candidata e que vai ganhar, que não vai ter disputa e que o PT está acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as eleições.”

É a primeira vez que Lula admite a possibilidade, já manifestada abertamente pela direção do PT desde o segundo turno das eleições presidenciais de 2014.

Ao comentar a Operação Lava Jato, o ex-presidente negou que ele ou Dilma soubessem de um esquema de pagamento de propinas na Petrobras. “Eu até gostaria de ter sabido antes. Eu não sabia, a Polícia Federal não sabia, a imprensa não sabia, o Ministério Público não sabia, a direção da Petrobras não sabia”, afirmou.

“Só se ficou sabendo depois que houve um grampeamento e pegou um tal de Youssef [Alberto Youssef], que já tinha passagem pela polícia, falando com outros caras.”

Após Montes Claros, Lula seguiu para Belo Horizonte e participará de um evento organizado pela CUT. Ele também se reúne com o governador Fernando Pimentel (PT). Na tarde de quinta (27), Lula também se encontrou a portas fechadas com prefeitos da região. Ele recebeu uma homenagem e, segundo presentes, afirmou que o país sairá da situação de crise “muito antes do previsto”.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, minimizou a declaração do ex-presidente. “Lula tem dito duas coisas: ‘não quero ser como Schumacher. Fez o que tinha que fazer, voltou e não teve uma pole position’. A outra é ‘se ficarem me enchendo o saco, eu volto’”. Ainda segundo Falcão, há, “no povo e na militância” um desejo muito grande que ele seja” candidato. “Daí voltar, é uma decisão para 2018”, ressalvou.

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