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O deputado estadual Major Araújo tem estima e apreço pelo empresário Vanderlan Cardoso (PSB), mas cobra dele uma posição. "Passou de hora dele se definir", sustenta o deputado. Araújo quer que Vanderlan venha a público, o mais rápido possível, dizer, de forma clara e inequívoca, se ainda está na oposição ao governo estadual ou se aderiu ao governismo.
De fato, há tempos é voz corrente nos meios políticos, nos chamados "bastidores", que o prefeito de Senador Canedo, ex-candidato a governador e dirigente do PSB goiano, está se passando para a banda do governador Marconi Perillo. Vanderlan, no entanto, ainda não se posicionou publicamente. Como não desmente os "bastidores" e as notinhas de jornais, vai reforçando a percepção de que já está na base aliada marconista.
Para o PRP, essa definição de Vanderlan é importante, uma vez que o chefe do PSB é tido e havido como postulante a uma candidatura de prefeito de Goiânia às eleições municipais do próximo ano. Já o partido do Major pretende participar efetivamente das próximas municipais. Em princípio, o partido quer entrar na disputa com candidatura própria a prefeito de Goiânia, mas pode também apoiar um candidato de outro partido, desde que, no dizer de Araújo, "seja competitivo e esteja na oposição ao governo Marconi".
Vanderlan poderia ser este candidato, desde que se posicione de forma abertamente oposicionista, assumindo publicamente o solene compromisso de levantar as bandeiras da oposição, sustenta o parlamentar. Mas, segundo Araújo, isto seria apenas uma condição preliminar. O requesito da competitividade não é plenamente satisfeito por Vanderlan, na opinião de Major. Falta a Vanderlan, diz Araújo, "popularidade". Vanderlan, apesar de estar na política há mais tempo, é bem menos conhecido, por exemplo, o que o deputado Delegado Waldir, que está entrando agora. "Vanderlan precisa ocupar espaço, mostrar mais a cara", sugere o deputado. "Goiânia pegando fogo e Vanderlan calado", repara o deputado.
Opção Kajuru
Araújo não esconde sua simpatia pessoal por Iris Rezende Machado. Diz ele que, se dependesse apenas dele, o PRP marcharia com Iris já no primeiro turno. "Particularmente, gosto do Iris", afirma o deputado. Mas Araújo é homem de partido, político disciplinado, por isso segue a orientação partidária e não suas inclinações afetivas.
A orientação partidária é o PRP lançar candidato próprio. O candidato próprio já tem nome. Trata-se do radialista Jorge Kajuru, que disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados no ano passado pela legenda do PRP. Teve 106.291 votos em todo o Estado. A avaliação dos perrepistas goianos é que a votação de Kajuru foi boa. Ele teria sido eleito se o partido tivesse alcançado o quociente eleitoral. Kajuru preenche o requisito da competitividade, segundo Araújo.
