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Não tinha acabado a “mamata”? CGU aponta “distorções contábeis” em contas do Governo Bolsonaro

Ministério da Agricultura é a pasta onde foram encontradas as maiores divergências

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A Controladoria Geral da União (CGU) concluiu a revisão nas prestações de contas dos 23 ministérios do governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Os relatórios emitidos pela auditoria realizada apontam graves divergências contábeis em cinco pastas apenas no último ano da gestão bolsonarista, as distorções figuram na casa dos mais de R$ 200 bilhões de reais.

De acordo com o parecer da CGU publicado ainda no último mês de abril, os valores são referentes ao ano de 2022, a documentação, no entanto, só foi noticiada na última quarta-feira, 19. Dentre as inconsistências encontradas estão valores referentes a contabilidade de programas como Fundo de Terras, Funcafé e Reforma Agrária, além de imóveis pertencentes ao Incra.

O relatório emitido aponta que só no Ministério da Agricultura as divergências contábeis registradas ultrapassam a casa dos R$140 bilhões de reais. Para os técnicos da CGU, a ampla maioria das inconsistências estão diretamente ligadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, cuja gestão estava sob o comando da Agricultura no antigo governo.

Já no Ministério da Educação a cifra divergente é menor, porém, segundo os auditores da controladoria, os dados apresentados pela pasta “não refletem a situação patrimonial, o resultado e o fluxo de caixa”. Da inconsistência total de R$ 17,1 bilhões, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) aparece como o total de R$ 782 milhões divergente dos registrados no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

As contradições não param por aí, já no Ministério da Saúde as divergências contábeis somam R$ 15,9 bilhões de reais em registros do controle interno de pagamentos de despesas, falhas na gestão de controle de medicamentos e para as inúmeras perdas de estoque.

Na pasta da Cidadania, responsável pelo pagamento dos benefícios como Auxílio Brasil e Auxílio Gás, há falhas encontradas referentes a pagamentos a pessoas beneficiárias, estornos, valores não recebidos por quem era de direito, além de repasses a famílias que não seriam enquadradas nos critérios estabelecidos para habilitação ao recebimento.

Foram encontradas divergências no Ministério da Infraestrutura, somando a bagatela de R$ 20,3 bilhões de reais.

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