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"Não adianta chorar"; diz presidente do PT sobre condenação de Bolsonaro

Deputada Gleise Hoffmann destaca importância de combater o bolsonarismo e preservar a democracia

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A líder do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada Gleisi Hoffmann (PT), afirmou no domingo, 2, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve lamentar por ter se tornado inelegível. Segundo ela, Bolsonaro "não sabe lidar com as regras da democracia" e, por essa razão, não pode "participar da política".

As declarações de Gleisi foram feitas durante uma celebração da volta do ex-deputado Jean Wyllys ao país na última sexta-feira (30 de junho). Wyllys retornou ao Brasil após passar quatro anos e meio vivendo no exterior. O evento aconteceu no Eixão, uma das principais vias de Brasília, na região da Asa Norte, o único local onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu no Distrito Federal durante as eleições de 2022. A via é fechada aos domingos e feriados para atividades recreativas.

"Quem não se envolve com a política dentro da democracia não tem o direito de participar dela. Precisa ficar fora", disse Gleisi durante seu discurso. Na ocasião, o público gritava "inelegível". A presidente do PT também sugeriu que alguns deputados, além de Bolsonaro, deveriam ser tornados inelegíveis. Segundo a congressista, alguns de seus colegas na Câmara dos Deputados estavam "trabalhando juntos" para os eventos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e vandalizaram os prédios dos Três Poderes.

"Ainda enfrentamos uma grande batalha para derrotar o bolsonarismo, que ainda está enraizado em nossa sociedade e continua promovendo distorções e incentivando preconceitos contra as liberdades", acrescentou Gleisi. Ela também afirmou que é necessário lutar para garantir que alguém "como Bolsonaro" nunca mais volte a assumir a presidência do Brasil.

Além de Gleisi, os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Erica Kokay (PT-DF) também estiveram presentes no evento para celebrar o retorno de Jean Wyllys. Em 2019, o ex-deputado foi eleito pela terceira vez consecutiva, mas optou por renunciar ao mandato após relatar ameaças de morte. Ao chegar ao Brasil na sexta-feira, Wyllys expressou sua emoção por meio de seu perfil no Twitter, referindo-se a isso como uma "justiça cósmica". No mesmo dia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por uma maioria de cinco votos a dois, tornar Bolsonaro inelegível por um período de oito anos.

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