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Bolsonaro relembra 5 anos da suposta facada e diz que foi um preço alto pela Presidência

O atentado é usado recorrentemente em circunstâncias políticas pelo ex-chefe do Executivo

Imagem ilustrativa da imagem Bolsonaro relembra 5 anos da suposta facada e diz que foi um preço alto pela Presidência

Nesta quarta-feira, 6, data em que se completam cinco anos da suposta facada de que Jair Bolsonaro (PL) foi vítima na campanha de 2018, o ex-presidente disse que pagou um "preço muito alto" para continuar vivo: "a Presidência da República exercida com patriotismo e honestidade". O atentado é usado recorrentemente em circunstâncias políticas pelo ex-chefe do Executivo, como ocorreu em junho, quando se tornou inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro disse que na sua gestão "redescobrimos o Brasil", trazendo um dos bordões da campanha - "Deus, Pátria, Família e Liberdade". "Com 5 anos hoje, todo o meu sofrimento (perseguições) e dos que estão ao meu lado (parentes, amigos e brasileiros desconhecidos) não está sendo em vão", disse o ex-presidente nas redes sociais.

Com as declarações, Bolsonaro publicou um vídeo de manifestações de apoio ao seu governo, incluindo o 7 de setembro de 2022, durante a última campanha eleitoral. Na música de fundo, toca a "Canção do Expedicionário", um dos hinos do Exército brasileiro.

Na próxima segunda-feira, 11, depois do feriado prolongado, Bolsonaro será internado para a sua sexta cirurgia em decorrência da facada. Desta vez, ele fará a reconstituição das alças intestinais. A intervenção anterior foi no dia 9 de janeiro, um dia depois dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.

Além da cirurgia no intestino, na semana que vem Bolsonaro também vai operar a hérnia de hiato (que causa refluxo) e, se estiver em boas condições de saúde, corrigir um desvio de septo.

Foto de calendário

O atentado de que Bolsonaro foi vítima no dia 6 de setembro de 2018, quando estava em campanha na cidade de Juiz de Fora (MG), se tornou um tema frequente do bolsonarismo.

No dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por tornar Bolsonaro inelegível, no final de junho, Fábio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Comunicação da Presidência, publicou uma foto de Bolsonaro sem camisa, mostrando a cicatriz da facada.

Dias mais tarde, o registro fotográfico se tornou capa de calendário na "Bolsonaro Store". O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou nas suas redes sociais, no dia 12 de agosto, o novo produto, que é vendido por R$ 49,90 (versão de mesa) e R$ 59,90 (versão para pregar na parede).

Caso das joias

O cerco tem se apertado em torno de Jair Bolsonaro e a expectativa é de que o 7 de setembro deste ano seja mais tímido do que o do ano passado, quando as comemorações da Independência se misturaram ao clima de campanha. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elaborou uma programação para a data e tem buscado resgatar símbolos do País que foram atrelados ao seu opositor político.

O ex-presidente é suspeito de coordenar e se beneficiar de um esquema internacional de venda de joias e objetos de alto valor que recebeu como presentes durante a sua passagem pela Presidência da República.

Na quinta-feira passada, 31, ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram convocados a depor perante a Polícia Federal sobre o caso. Os dois optaram pelo silêncio. Além deles, Wajngarten, Frederick Wassef, Mauro Cid (filho), Mauro Lourena Cid (pai), Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara também foram intimados para depoimentos simultâneos. O conteúdo das oitivas está sob segredo de Justiça.

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