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Em entrevista à CBN, governador pede fim de maquiagem nas contas públicas

Durante entrevista à CBN São Paulo nesta terça-feira (22/01), o governador Ronaldo Caiado reafirmou que os cidadãos do Estado de Goiás estão pagando pelos crimes cometidos pelos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton (ambos do PSDB) – responsáveis pelo déficit de cerca de R$ 6 bilhões nas contas públicas.

“Estamos apresentando um retrato fiel do que está acontecendo em Goiás. Chega de orçamento ‘fake’, de maquiagem, vamos encarar realidade como é. No ano anterior, aprovaram um orçamento que previa resultado positivo de R$ 900 milhões, acabamos com R$ 3,4 bilhões negativos.”, argumentou o governador um dia após decretar estado de calamidade financeira no Estado.

O governador lamentou que as gestões tucanas tenham aprovado uma emenda constitucional para fraudar as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), isentando-se de cumprir o que determina os ditames do governo federal. Para não responder pelo crime de responsabilidade fiscal, Marconi Perillo excluiu aposentados e pensionistas da base de cálculo de “gastos com pessoal”.

“Ou exigimos o cumprimento da LRF, ou dentro desse projeto de poder desses governantes populistas continuaremos a ver fraudes, manipulação nas contas públicas, para durante o período eleitoral ampliar contratação de comissionados para garantir a reeleição”, alertou Caiado.

Ainda durante a entrevista, Caiado chegou a comparar a política de Goiás ao regime ditatorial de Nicolás Maduro, que levou a uma crise humanitária sem precedentes na Venezuela. “Precisamos corrigir isso, pois amanhã, esses governantes irresponsáveis, populistas, vão tentar voltar, como ‘bonzinhos’, salvadores da Pátria”, disse o gestor.

Medidas

O governador destacou ainda, durante a entrevista, as medidas que têm tomado desde que assumiu o Estado, como o corte de 20% em todas as secretarias e autarquias do governo, a implantação do compliance público, a revisão de todos os contratos firmados pela gestão passada e auditoria na folha de pagamento.

Caiado lembrou também que aguarda a volta do ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir a inclusão de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Na última semana, uma missão de técnicos do Tesouro Nacional, do próprio ministério e da Receita Federal, esteve em Goiás para avaliar as contas públicas do Estado.

De acordo com ele, os levantamentos ainda não foram concluídos, mas há uma divergência se o não empenho e não pagamento da folha do funcionalismo referente ao mês de dezembro será considerado como parte da dívida ativa.

“Lógico que não podemos pegar os problemas que temos nos Estados e transferir para a União. O que precisamos mais do que nunca é decisões do STF sobre ações que existem para definir critérios claros da LRF. A partir daí, discutir alternativas para que os governantes encontrem alternativas para contrair empréstimos e corrijam a situação fiscal. Não é justo ver pessoas que querem governar de forma honesta, sem fraudes, ser penalizadas”, finalizou Ronaldo Caiado.

(Foto/Reprodução Internet)

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