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Leon Deniz: advocacia jovem segue impedida de ocupar cargos na OAB

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB­GO), em sessão plenária na última terça-feira (4), adiou para a próxi­ma sessão o julgamento da pro­posição assinada pelo conselheiro federal pela OAB-GO Leon Deniz, para a extinção da cláusula de bar­reira prevista no artigo 63, do Esta­tuto dos Advogados e da OAB (Lei n° 8.906/94), a qual impede que advogados com menos de cinco anos de registro na Ordem assu­mam cargos eletivos na instituição.

O Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais da OAB de todo o País emitiu a Carta de Gra­mado, na qual recomendou a ex­tinção da cláusula de barreira elei­toral, com a manutenção de três anos apenas para os cargos de di­retoria nos Conselhos Seccionais, Subseções e Caixas de Assistência e das Delegações no Conselho Fe­deral, reafirmando, assim, a polí­tica de inclusão da advocacia jo­vem nos destinos da OAB.

O conselheiro federal por Goiás, Leon Deniz, lamenta, no entanto, que o atual presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, es­teja na contramão de seus pares de outros Estados e seja contrário à derrubada da cláusula. “O Lúcio Flávio assinou, em 6 de outubro de 2017, a Carta de Goiânia, durante o 36º Colégio de Presidentes de Sub­seções da OAB-GO. Traiu a advo­cacia jovem, ou seja, aquela que o elegeu”. A Carta de Goiânia, em seu item 4, repudia o Projeto de Lei 8.289/2017, apresentado à Câ­mara dos Deputados por solicita­ção de Leon Deniz para a extinção da cláusula de barreira “por se tra­tar de assunto contrário aos inte­resses da advocacia e com objeti­vos meramente eleitoreiros”.

Curioso, contudo, é que tanto na campanha para a Presidência da OAB-GO, em 2015, quanto na campanha de 2012, em que con­correu pela Vice-Presidência, Lú­cio Flávio prometeu batalhar com vigor para a derrubada da cláusu­la de barreira. “É impressionante a capacidade que ele tem de men­tir, convencer e trair. Com esse dis­curso, Lúcio Flávio conseguiu com que os jovens advogados o eleges­sem mas, assim que assumiu, já si­nalizou que era contra a derrubada da cláusula. Foi uma traição muito grande. Ele usou a advocacia jovem, se aproveitou das fragilidades e ne­cessidades dela para se eleger. E sua conduta nessa questão da cláusula de barreira é prova disso”.

Ainda de acordo com o conse­lheiro federal, Lúcio Flávio tem ab­soluta consciência do peso que a advocacia jovem tem nas eleições da OAB-GO e tem usado as so­lenidades de entrega da carteira profissional da Ordem para tentar cativar os colegas iniciantes, bem como os seus familiares, com um discurso que não corresponde à prática. “Na véspera da entrega, ele faz questão de chamar os novos inscritos para apresentar-lhes pes­soalmente as instalações da OAB­GO. Nessas ocasiões, ele busca en­cantar a todos, de olho nos votos. Mas a sua retórica vazia não resis­te a cinco minutos de buscas na in­ternet, e eu convido os advogados em início de carreira a pesquisar qual tem sido a pratica dessa ges­tão em comparação com o que foi proposto na eleição”, frisa.

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