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O Ministério da Agricultura nomeou o servidor Ricardo Augusto de Faria e Silva para o cargo de superintendente-substituto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Estado de Goiás. Ele assume no lugar de Júlio César Carneiro, que foi exonerado.
Tanto a nomeação de Silva quanto a exoneração de Carneiro foram publicadas na edição de terça-feira do Diário Oficial da União. Na prática, Silva vai responder pela superintendência de Goiás já que o superintendente titular, Júlio Cesar Carneiro, foi exonerado depois que a Polícia Federal informou que ele é suspeito de envolvimento em irregularidades investigadas na Operação Carne Fraca.
O Ministério da Agricultura já havia exonerado também o superintendente do Paraná, Gil Bueno de Magalhães, outro investigado dentro da Carne Fraca, e nomeado como superintendente-substituto o servidor Cleverson Freitas. Em conversa com jornalistas, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou que o governo faria uma intervenção nas superintendências de Goiás e Paraná.
A Operação Carne Fraca foi deflagrada na última sexta-feira (17), com mais de 1 mil policiais envolvidos para cumprir 309 mandados, depois de 2 anos de investigações. No total, 21 frigoríficos são suspeitos de fraudes.
A ação envolve grandes como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas. Envolve também frigoríficos menores, como Mastercarnes e Peccin, do Paraná. As empresas negam irregularidades.
Na segunda-feira (20), alguns países importadores anunciaram restrições temporárias à entrada de carne brasileira, entre eles a União Europeia, Coreia do Sul e China. Nesta terça, foi a vez de Hong Kong anunciar restrições.
