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OPINIÃO

O Catete

Na ma­nhã de ter­ça-fei­ra, 9 de ou­tu­bro de 2018, via-me no Rio de Ja­nei­ro e sa­tis­fiz um de­se­jo pes­so­al que me acom­pa­nha­va há mui­tos  ja­nei­ros: co­nhe­ci o Pa­lá­cio do Ca­te­te. Apre­ciá­veis me são os mu­seus. Des­de os tem­pos de gi­na­si­a­no, to­mei gos­to de co­lher in­for­ma­ções e cu­ri­o­si­da­des so­bre nos­sos pre­si­den­tes da Re­pú­bli­ca. Daí o in­te­res­se em ver o quar­to on­de Ge­tú­lio mor­reu, o pi­ja­ma que o ves­tia na oca­si­ão e o re­vól­ver que ele acio­nou con­tra o pró­prio co­ra­ção pa­ra não ser no­va­men­te de­pos­to, pois o fo­ra no dia 29 de ou­tu­bro de 1945. Seu trá­gi­co ges­to co­mo­veu a Na­ção e adiou a quar­te­la­da pa­ra 1º de abril de 1964. Es­ta­va eu ci­en­te de que ele e Afon­so Pe­na fo­ram os pre­si­den­tes bra­si­lei­ros pe­re­ci­dos quan­do exer­ci­am seus man­da­tos. Var­gas, 24 de agos­to de 1954; Pe­na, 14 de ju­nho de 1909. Ig­no­ra­va, con­tu­do, que o fi­ze­ram no mes­mo apo­sen­to.

A pro­fes­so­ra La­ris­sa, con­sor­te do jor­na­lis­ta Fe­ran­do Ma­cha­do,meu fi­lho ca­çu­la, pe­lo ce­lu­lar agen­da­ra es­sa e ou­tras vi­si­tas, e lhe avi­sa­ram que es­se fa­tí­di­co dor­mi­tó­rio se en­con­tra­va fe­cha­do pa­ra re­for­ma e por is­so não o ve­rí­a­mos, mas fo­mos agra­ci­a­dos  com a an­te­ci­pa­ção da sua re­a­ber­tu­ra. Foi uma ma­nhã inol­vi­dá­vel pa­ra mim e meus ama­dos que me acom­pa­nha­vam na Ci­da­de Ma­ra­vi­lho­sa.

No fim da tar­de do sá­ba­do, 6 de ou­tu­bro, no Má­rio Fi­lho, hou­ve Fla-Flu pe­lo Na­ci­o­nal, e me sur­pre­en­di não me in­te­res­san­do em ir-me ao es­tá­dio. Tri­co­lor apai­xo­na­do des­de 1956(nas­ci em 1944) an­si­a­va ver, no es­tá­dio, o mais char­mo­so clás­si­co do fu­te­bol bra­si­lei­ro, mas me de­si­lu­di tan­to do meu Flu­mi­nen­se que per­di o in­te­res­se de vê-lo na mi­nha fren­te, sem uma te­la de te­le­vi­são en­tre os jo­ga­do­res e mim. Não creio que o Flu saia do bu­ra­co das pe­sa­das dí­vi­das. Em vez de Fla-Flu, com Il­sa, mi­nha es­po­sa; com La­ris­sa e a ne­ta Eloá fui a uma apre­sen­ta­ção da ba­lé, no Mu­ni­ci­pal. Meus fi­lhos Jo­a­quim e Fer­nan­do, meu ne­to Da­vi, que são tri­co­lo­res, e a ne­ta Ma­ri­a­na, que tor­ce pe­lo San­tos, pre­fe­ri­ram es­se jo­go e vi­ram a vi­tó­ria ru­bro-ne­gra por 3 x 0.

A Bi­bli­o­te­ca Na­ci­o­nal era ou­tro lu­gar que mui­to pre­ten­dia co­nhe­cer, e ago­ra o fiz. Foi um be­lo pas­seio. Con­fei­ta­ria Co­lom­bo, Ga­bi­ne­te da Lei­tu­ra, Mu­seu Hi­a­tó­ri­co Na­ci­o­nal, Mu­seu do Ama­nhã, Cor­co­va­do, Jar­dim Bo­tâ­ni­co, Aqua Rio, Pa­ço Im­pe­ri­al, Pa­lá­cio Ti­ra­den­tes, For­te e praia Co­pa­ca­ba­na.

E a vi­o­lên­cia ur­ba­na? Ela é mais gra­ve no no­ti­ci­á­rio  ten­den­ci­o­so do que na re­a­li­da­de. Sou ca­ri­o­ca de co­ra­ção.  Vi­va o Rio!

(Filadelfo Borges de Lima, fi­la­del­fo­bor­ges­de­li­[email protected])

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