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OPINIÃO

Empresas familiares são bombas-relógio

“Pa­ra a su­ces­são de uma em­pre­sa fa­mi­liar dar cer­to [e con­ti­nu­ar a tra­zer re­sul­ta­dos após a par­ti­da de seus fun­da­do­res] é pre­ci­so pla­ne­jar, for­ma­li­zar e con­tra­tar as re­gras de go­ver­nan­ça pa­ra que os her­dei­ros sai­bam seu efe­ti­vo pa­pel e os li­mi­tes de atu­a­ção den­tro de ca­da or­ga­ni­za­ção. Is­so só é pos­sí­vel com a ce­le­bra­ção de um ou mais acor­dos de acio­nis­tas”. A afir­ma­ção é do ad­vo­ga­do Fe­li­pe Lückmann Fa­bro, que após con­du­zir di­ver­sos pro­ces­sos su­ces­só­rios ga­ran­te: pa­ra a pe­re­ni­da­de dos ne­gó­ci­os é im­pres­cin­dí­vel in­ves­tir na su­ces­são fa­mi­liar.

Se­gun­do Fa­bro, nos acor­dos de só­ci­os, é re­co­men­da­do con­tra­tar: al­ça­das de de­ci­são [quem de­ci­di­rá o que], po­lí­ti­ca de re­mu­ne­ra­ção e dis­tri­bui­ção de di­vi­den­dos; li­mi­tes ao en­di­vi­da­men­to da em­pre­sa; re­gra de en­tra­da e sa­í­da de só­ci­os e cri­té­rios pa­ra a so­lu­ção de con­fli­tos. Até o re­gi­me de ca­sa­men­to dos her­dei­ros pre­ci­sa ser de­ba­ti­do, pois os efei­tos po­dem cus­tar ca­ro à fa­mí­lia e à ges­tão das em­pre­sas do gru­po.

Por is­so, o es­pe­cia­lis­ta re­i­te­ra que é fun­da­men­tal o em­pe­nho dos fun­da­do­res na con­du­ção do pro­ces­so, pa­ra amar­rar e de­fi­nir o ca­mi­nho a ser se­gui­do, evi­tan­do lon­gas dis­cus­sões, mui­tas ve­zes ju­di­ci­ais co­mo no ca­so da Com­pa­nhia Si­de­rúr­gi­ca Na­ci­o­nal – CSN, cu­jos her­dei­ros de­ram iní­cio a uma ver­da­dei­ra ba­ta­lha so­ci­e­tá­ria que po­de­rá até mu­dar a fi­gu­ra acio­ná­ria de uma das mai­o­res si­de­rúr­gi­cas do Pa­ís. A de­fi­ni­ção de re­gras de ges­tão cor­po­ra­ti­va po­de man­ter a uni­da­de fa­mi­liar e o tra­ba­lho co­mum na bus­ca pe­la pe­re­ni­da­de dos ne­gó­ci­os.

(Fe­li­pe Lückmann Fa­bro, ad­vo­ga­do e ba­cha­rel em Re­la­ções In­ter­na­cio­nais, pro­fes­sor uni­ver­si­tá­rio e só­cio da Fa­bro & Me­ne­zes Ad­vo­ca­cia. Foi mem­bro dos Con­se­lhos de Ad­mi­nis­tra­ção e Fis­cal da Ele­tro­bras S.A., Eter­nit S.A, Bra­des­par S.A, Ele­tro­pau­lo Me­tro­po­li­ta­na Ele­tri­ci­da­de de São Pau­lo S.A e de di­ver­sas em­pre­sas de ca­pi­tal fe­cha­do, on­de cos­tu­ma im­ple­men­tar os pro­ces­sos de go­ver­nan­ça e su­ces­são fa­mi­liar. Tem di­ver­sos ar­ti­gos pu­bli­ca­dos em li­vros e re­vis­tas na­ci­o­nais e in­ter­na­cio­nais)

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