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OPINIÃO

A arte da advocacia criminal

No dia 2 de de­zem­bro é co­me­mo­ra­do o dia do ad­vo­ga­do (a) cri­mi­na­lis­ta, pro­fis­são ár­dua, que ne­ces­si­ta de for­ça, co­ra­gem, gar­ra e mui­ta per­se­ve­ran­ça. Cos­tu­mo di­zer que ser ad­vo­ga­do é uma ar­te, mas ser cri­mi­na­lis­ta é dom.

Ver­da­dei­ra apli­ca­ção da jus­ti­ça, cons­ti­tu­ci­o­nal­men­te fa­lan­do, a de­fi­ni­ção de cri­mes, a apli­ca­ção de pe­nas, a sub­je­ti­vi­da­de de te­mas, a ex­pli­ca­ção de fa­tos, en­fim...

Te­nho di­to, a ad­vo­ca­cia cri­mi­nal é apai­xo­nan­te, de­fen­der di­rei­tos, apli­car a lei, fa­zer jus­ti­ça, trans­mi­tir co­nhe­ci­men­to não tem pre­ço. Além do mais, o ad­vo­ga­do (a) cri­mi­na­lis­ta é so­nha­dor a sua me­ta é o com­bus­tí­vel do dia a dia: o so­nho do co­nhe­ci­men­to, a ati­tu­de de ser me­lhor a ca­da mi­nu­to.

O fo­co, a co­ra­gem do cri­mi­na­lis­ta é im­ba­tí­vel, o dom de se re­la­ci­o­nar com pes­so­as é pri­mor­di­al, afi­nal em sua mai­o­ria são fa­lan­tes, cheio de in­da­ga­ções e in­do­má­veis. Sa­be aque­le ti­po que não tem ver­go­nha de na­da, o apren­di­za­do é con­tí­nuo.

O ad­vo­ga­do (a) cri­mi­na­lis­ta es­tá sem­pre atu­a­li­za­do, bus­can­do co­nhe­ci­men­to, se apri­mo­ran­do com cur­sos de atu­a­li­za­ção ju­rí­di­cas, es­pe­cia­li­za­ções, mes­tra­dos e lei­tu­ras di­á­rias. A lei­tu­ra é com­pa­nhei­ra in­dis­pen­sá­vel.

Não im­por­ta o quão di­fí­cil es­te­ja sua vi­da pes­so­al, co­mo ad­vo­ga­do cri­mi­na­lis­ta na­da po­de aba­lar. A pro­fis­são do (a) cri­mi­na­lis­ta não tem se­gun­da op­ção, o amor é in­con­di­ci­o­nal.

A con­du­ta de vi­da é re­fle­xo na pro­fis­são a hu­mil­da­de e a re­si­li­ên­cia an­dam jun­tas pa­ra o su­ces­so, afi­nal, nin­guém nas­ce sa­ben­do, e uma das vir­tu­des da vi­da é sa­ber ad­qui­rir co­nhe­ci­men­to.

E uma das prin­ci­pa­is lu­tas do ad­vo­ga­do(a) cri­mi­na­lis­ta é o pen­sa­men­to do sen­so co­mum, o dis­cur­so do ódio, da vi­o­lên­cia, da pu­ni­ção, não se co­lo­ca em pau­ta. A de­fe­sa dos di­rei­tos e a téc­ni­ca ju­rí­di­ca é o que se jus­ti­fi­ca.

En­tre to­dos os per­cal­ços, a ad­vo­ca­cia cri­mi­nal é ma­ra­vi­lho­sa, é des­lum­bran­te, é fas­ci­nan­te... es­tá no san­gue ser ad­vo­ga­do (a) cri­mi­na­lis­ta. Pa­ra­béns a to­dos e to­das.

Fi­na­li­zo o ar­ti­go com a se­guin­te re­fle­xão: “Ad­vo­ga­do cri­mi­nal não de­fen­de ban­di­do; de­fen­de, pois é seu de­ver, o Di­rei­to e a Jus­ti­ça. Es­tá a ser­vi­ço da apli­ca­ção da Lei. E mais: to­dos têm di­rei­to a uma de­fe­sa e re­cai so­bre os om­bros do ad­vo­ga­do cri­mi­nal es­ta ár­dua e hon­ro­sa ta­re­fa. De­mo­ni­zar o ad­vo­ga­do cri­mi­nal é de­mo­ni­zar o ali­cer­ce do Es­ta­do De­mo­crá­ti­co de Di­rei­to” (Wag­ner Fran­ces­co).

(Lo­re­na Ayres, ad­vo­ga­da, es­pe­cia­lis­ta em Di­rei­to Pú­bli­co e Cri­mi­nal (pre­si­den­te da Co­mis­são de Di­rei­tos Hu­ma­nos da Abra­crim-GO, vi­ce-pre­si­den­te da Co­mis­são de Di­rei­to Cri­mi­nal e Po­lí­ti­cas Pú­bli­cas OAB/GO sub­se­ção Apa­re­ci­da de Go­i­â­nia), ar­ti­cu­lis­ta e co­men­da­do­ra)

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