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OPINIÃO

A paz como proposta da humanidade

A paz no mundo começa em seu mundo em paz.

O apelo da humanidade pela paz é uma realidade que se nos apresenta nas redes sociais no dia primeiro dia do ano, proclamado Dia Mundial da Paz. Nas pesquisas sobre o desejo de cada pessoa sobre o novo ano predominou o termo paz. No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, de desconfiança e - de um modo geral - de todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si própria e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida. A paz é mundialmente representada pela pomba e a bandeira branca.

O Dia da Fraternidade Universal ou Dia da Confraternização Universal é um feriado nacional no Brasil, comemorado em 1º de janeiro que foi instituído através de lei, em 1935, por Getúlio Vargas. O Dia Internacional da Paz é celebrado anualmente em todo o mundo do dia 21 de setembro. A Assembleia Geral consagrou este dia ao fortalecimento dos ideais de paz, no seio das nações e entre os povos das várias nações.

O Dia Mundial da Paz foi instituído pela Igreja Católica em 1º  de janeiro de 1968, pelo papa Paulo VI: "Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro."

Citando a “Pacem in terris” do seu antecessor, São João XXIII, exaltava o sentido e o amor da paz baseada na verdade, na justiça, na liberdade e no amor. É impressionante a atualidade dessas palavras, não menos importantes e prementes, hoje, do que cinquenta anos atrás.

Após a recitação da oração mariana do “Ângelus”, Francisco, dirigiu-se mais uma vez aos presentes congregados na Praça de São Pedro, recordando que o ano 2017, que estamos a iniciar só “será bom na mediada em que cada um de nós, com a ajuda de Deus, procurar fazer o bem dia após dia. Só assim, acrescentou o papa, se constrói a paz, dizendo “não” mediante factos concretos, ao ódio e à violência; e dizer “sim” à fraternidade e à reconciliação. E Francisco recordou que passaram 50 anos, desde que o seu predecessor, papa Paulo VI, inaugurou a celebração do Dia Mundial da Paz, que também celebramos hoje, com o objetivo de reforçar o empenho comum e pessoal de construir um mundo pacífico e fraterno.

No “Novo Testamento” encontramos citações sobre a paz: "Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra aos homens aos quais ele concede o seu favor" (Lucas 2:14). "Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (João 16:23).  “Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João: 14:27). “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9).

Somos convidados a construir a paz no mundo perturbado por guerras, terrorismos e desarmonia entre os povos. Que o apelo da humanidade seja incorporado por cada pessoa para transformar a realidade do novo ano que começamos com mais fé, esperança e amor fraterno.

(Gil Barreto Ribeiro, professor emérito da PUC-Goiás; diretor editorial da Editora Espaço Acadêmico)

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