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OPINIÃO

A terra e o céu no seu último suspiro

A visão e a forma de vida que as pessoas levam, creio, não passa da distância visual alcançada pelos seus olhos biológicos. Os seus desejos materiais, quase sempre, são desprovidos de qualquer partilha essencial à vida coletiva e, certamente, todos, nascem das condicionantes impostas pelas influências dos sistemas consumistas, provavelmente, quem sabe produzidos no ambiente do seu habitat natural. Com isto, pergunte a sua consciência: Onde fica sua Terra e o seu Céu? Vamos passear alguns segundos nela!
Então, você e eu não somos da Terra, pode até não concordar comigo, mas, apenas estamos de passagem pelas provas oferecidas nos pratos da educação de proveta, donde elas são implacavelmente aplicadas cotidianamente pelos homens que se acham homens, aqueles e aquelas, os mesmos de todo dia, encontrados nos Castelos de Areia do mundo afora, comandando tudo e a todos na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê. Ao nascer, nesta dose temporária da conta gota de vida, voltemos ao passado e, nele, demos os primeiros gritos ao uso da chupeta e em seguida, como uma mágica, também os sinais dos passos inseguros de criança à pré– adolescência. No final das contas, o início de uma fase “adulta” com selo de validade, constituídos e consumidos pela formação do orgulho, da vaidade e o egoísmo. Adulto, que pequena pobreza da minha, da sua vida! Nela, somente queremos alimentar os nossos sonhos na produção do dinheiro Terra, fazendo propriedade da apropriação do retrato falido na exposição do poder sem poder, representado pelo acúmulo das riquezas nas aspirais de um lapso suspiro do tempo. Nada disto valeu, chegou a hora, vamos para o seu, o meu imaginário de Céu: Paraíso ou um poço de lama de fel.
Céu, grandeza infinita, pouco observamos a sua plenitude feita por Deus, aprendemos que lá encontramos um reservatório de mistérios iluminados pelas noites de luar, mas, quem se importa com isso, estamos na Terra, infelizmente consumindo as nossas energias nas alegrias fúteis, todas, espelhadas pelos olhos da carne sem alma e espírito. Ensinaram-nos as belas coisas nas estórias de criança, sem contar a verdadeira história sobre a origem e a nossa volta para algum espaço que nos foi reservada bem antes da nossa chegada e partida definida pelo destino da vida. Você e eu não lembramos o fim de um tempo, e assim vivemos eternamente nas conquistas temporárias na inconsciência da mais valia, apenas levitando nos ares limitados pela estratosfera da Terra no Céu dos aviões de primeira classe. Que Céu? Há depois vamos para o outro lado de lá, encontrar talvez o “Deus” da nossa hipotética salvação no último voo de partida dessa Terra sob o derradeiro suspiro da vida.
Finalmente, sejamos conscientes de que passamos o passado do presente para um futuro não tão distante, e nesta ordem aproveitemos para oxigenar os verdadeiros sentimentos e valores na prática do bem na vida, pois a sua, a minha estadia poderá ser abreviada nos próximos segundos, minutos, horas ou qualquer instante de algum momento, desta forma não queiramos parar de respirar o ar produzido na Terra e o Céu no seu último suspiro. Para a reflexão do meu caro leitor, deixo aqui a seguinte frase que diz: “A Terra e o Céu é a sua figura encontrada na escolha do ter ou ser, combatendo as utopias do eu”. Muita Paz!
(Antonio Alencar Filho, administrador de empresas, formado pela Universidade Católica de Goiás, atual PUC; conselheiro da Associação Goiana de Imprensa – AGI; presidente da Associação de Resgate e Cidadania do Estado de Goiás; articulista do DM)

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