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OPINIÃO

Uma análise sistemática sobre o uso abusivo de álcool: doença psíquica, influência espiritual ou ambos? Parte III

Retomando e “finalizando” o assunto que foi publicado neste conceituado jornal nos dias 13 e 15 deste mês sobre um assunto polêmico e, talvez um dos mais complexos dentro da medicina: o vício do álcool e as influências espirituais.

Uma única taça ou um copo de bebida alcóolica pode ser o caminho para uma séria dependência; uma queda moral momentânea abre as portas da dignidade à corrupção.

Transcrevemos um trecho de nossa amiga Joanna D’Angelis (autora espiritual) sobre dependência química: “Fixando-se nas estruturas mui sutis do períspirito, em processo vigoroso, os estupefacientes desagregam a personalidade, porquanto produzem na memória anterior a libertação do subconsciente que invade a consciência atual com imagens torpes e deletérias das vidas pregressas, que a misericórdia da reencarnação faz fazer adormecidas... De incursão em incursão no conturbado mundo interior, desorganizam-se os comandos da consciência, arrojando o viciado nos lôbregos alçapões da loucura que os absorve, desarticulando os centro do equilíbrio, da saúde, da vontade, sem possibilidade reversiva, pela dependência que o próprio organismo físico e mental passar a sofrer, irresistivelmente...”

E o que a mesma autora nos presenteia sobre a obsessão: “Sutil e perigosa, a obsessão grassa, alarmante, disfarçada de transtornos psiconeuróticos vários, particularmente a depressão e o distúrbio de pânico, avolumando-se nos tormentos sexuais em desregramento, assim como nas dependências químicas de natureza diversificada.”

“Decorrente da assimilação das energias perturbadoras exteriorizadas pelos Espíritos em sofrimento ou perseguidores, por afinidade mental e moral, a obsessão arrasta multidões aos dédalos de aflição coercitivas, que estão a exigir terapêutica especializada (Psiquiatria e Psicologia) e cuidadosa...”

“Na raiz de todo desafio obsessivo encontra-se pulsante o ser endividado que, não tendo adquirido valores éticos substanciais, é compelido por automatismos vibratórios a sintonizar-se com aqueles desencarnados que lhe são semelhantes, sejam-lhe as vítimas transatas ou outros que se lhe assemelham.”

O ser humano conseguiu a máxima gloria da Ciência sem a correspondente da consciência.

As admiráveis conquistas das Ciências Psíquicas – a Psiquiatria, a Psicologia, a Psicoterapia e a Psicanálise – que têm oferecido nobres terapêuticas preventivas e curadoras para os desvios de comportamento e para outras alienações mentais, não logram tornar mais feliz nem mais seguro neste momento o viajor do terceiro milênio.

Não pretendemos com nossos artigos afrontar quaisquer crenças religiosas ou visão de colegas psiquiatras e psicólogos; mas por se tratar de enfermidades não ainda compreendidas pela Ciência, tentamos buscar recursos e pesquisas no campo do “invisível” – Espiritualidade – para obter mais uma “ferramenta” capaz de aliviar a dor daqueles que sofrem.

Somos criticados e quase “queimados” em praça pública por tentar ajudar nossos irmãos viciados quando não concordamos mais com a visão simplista e enfadonha do fanatismo religioso, de grupos de pessoas que se julgam detentores da verdade absoluta.

Este projeto de trabalho científico se pretende ser tão grandioso que não marginaliza ou exclui nenhum filho de Deus, busca tratar a todos com equanimidade, distribui assim o Amor e a Justiça Divina a todos os seres do Universo. Buscamos evidenciar, como “cientista da alma” que a escalada evolutiva acontecerá, mais cedo ou mais tarde e dela ninguém escapará, pois o impulso para a felicidade existe em cada um de nós, propelindo-nos a busca-la através do inexorável fatalismo que nos levará a perfeição. Pois como diz nosso Mestre: “Nenhuma ovelha ficará desgarrada”; “Para ver o Reino de Deus é preciso nascer novamente”; “Nascer da água e do espírito”...

O processo regenerador está sendo fermentado, pois o fermento do Amor jamais deixou de levedar as almas, buscando em cada uma a essência divina latente.

Ao mesmo tempo em que se corre um risco patológico com a religião, a cultura brasileira extrai de alguns ritos e seitas extraordinários recursos para um determinado equilíbrio biopsicossocial, principalmente das chamadas “camadas populares”, segundo Fernando Portela Câmara.

Em meio ao torvelinho de conflitos, angústias, tumultos da vida moderna, em que se debate a criaturas humana, sobressaem como um dos seus mais pungentes dramas, as obsessões.

Pessoas assediam pessoas. Importunam, molestam, perseguem, com intenções malévolas e cruéis.

Somente a vivência, a experiência de vinte e oito anos de psicoterapia me foi capaz de mostrar que não estamos aqui pela primeira vez e muito menos estamos sozinhos, mas não posso dar todo o credito ao “diabo” ou coisa assim, tirando toda minha crença no Poder de Deus; mas estou certo que ignorar, desconsiderar, desdenhar, subestimar tal evidência (a obsessão) é agravar o mal e permitir que se alastre.

Assim, não posso me furtar ao que me foi destinado pelo Criador, quando nos mostra na parábola dos talentos – Bíblia Sagrada – tudo que podemos trabalhar para nos ajudar e ajudar ao próximo através da inteligência que nos foi concebida pelo Criador. É de grande importância prosseguir divulgando e despertando consciências. Muitas estão na ânsia da espera, à busca de resposta. “São leiras férteis, terrenos que podem ser fecundados pelas sementes de vida eterna, que brotarão como promessas ridentes para o amanhã farto de bênçãos.”

Não escrevo as minhas verdades, porque eu não as possuo; escrevo a verdade daqueles (pacientes e amigos) que Deus confiou para vir ao meu consultório e partilharem comigo a sua dor, seu sofrimento e tormentos da alma.

(Dr. José Geraldo Rabelo, psicólogo holístico. Psicoterapeuta espiritualista. Parapsicólogo. Filósofo clínico. Especialista em família, depressão, dependência química e alcoolismo. Escritor e palestrante. Emails.: [email protected]  e/ou [email protected])

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