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OPINIÃO

Um analista neste mundo

Outro dia fui interpelado por um jovem que queria se transformar em um analista. Ele percebeu que a terapia de seu irmão que se tratou de uma depressão apresentou resultados e ficou fascinado com a possibilidade de trabalhar ajudando, tratando outras pessoas.

O ofício de um analista é complexo e exige muito estudo, mas é extremamente gratificante. Para ser um analista, um estudante deve ter primeiramente um vasto conhecimento de psicodinâmica, de desenvolvimento da personalidade . Normalmente os analistas surgem de cursos como psicologia ou da psiquiatria. Este é o início da jornada, depois nosso estudante deve dominar as bases da psicanálise e sua evolução, o que normalmente dura cerca de mais três anos. Depois vem o ciclo do estudo da escola analítica propriamente dita com o estudo da obra de C. G. Jung e dos pesquisadores que vêm depois dele. O estudo compreende, além da parte teórica e metodológica, toda prática clínica. Em média um bom analista tem em sua formação pelo menos 10 anos de estudos entre estudo teórico e prática clínica supervisionada.

Hoje em nosso mundo existem 2 bilhões de pessoas com algum derivativo de transtorno de ansiedade; 350 milhões de pessoas com depressão; no Brasil 10 milhões de pessoas com algum tipo de dependência de substâncias, com compulsão, ou outro tipo de vício; 50% da sociedade vivencia crises afetivas em grau patológico; 60% estão em uma profunda crise de identidade em processo de alienação e massificação; 80% perderam o sentido de vida vivenciando uma crise em sua individuação; e todos estamos imersos nesta pós-modernidade na violência que se tornou naturalizada. A migração de refugiados cresceu 60%, segundo a ONU, um número semelhante ao da Segunda Guerra Mundial. Vivemos um mundo em que a dissolução dos valores cresce e todos estamos inseridos em uma estrutura instintiva que tende à patologia, imersos em um profundo negativismo, na apatia, pessimismo, na falta de perspectiva.

Este é o campo de trabalho com gigantesca demanda e poucos profissionais habilitados. Diariamente trato e ajudo as pessoas que vêm dos mais diversos recantos do País e não falta trabalho.

A análise, além de tratar doenças, ajuda o ser humano a encontrar seu equilíbrio a reencontrar sua identidade, a resgatar sua cidadania.

A área analítica compreende mais de 150 anos de estudos científicos e pelo menos duas centenas de pesquisadores colaboradores com renome internacional envolvidos.

Como a área está ligada à saúde e à psicologia, ela é extremamente dinâmica, apresentando sempre novidades e aprimoramentos das técnicas e de toda metodologia.

Trabalho não falta nos dias atuais. Eu amo meu trabalho e me realizo no que faço, um ofício que ajuda as pessoas a reencontrarem sua essência. Hoje em dia, além de atender, dou supervisão a vários colegas e temos um curso de formação de analistas pela Unipaz-Goiás que se inicia em julho. Escrevo diariamente em nossa página do instituto no facebook questionando com a sociedade nossos dias e os problemas da nossa existência. Colaboro ainda com mais de 8 meios de comunicação do Brasil e exterior questionando o que vivemos em nossos dias atuais aplicando as teorias na análise social que desenvolvemos. Agradeço diariamente a Deus pelo ofício que tenho porque nele posso ajudar a milhares de pessoas em sua melhoria. Vamos juntos nesta empreitada?

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(Jorge Antônio Monteiro de Lima, analista, pesquisador em saúde mental, psicólogo clínico músico, MSC em Antropologia Social)

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