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OPINIÃO

Pátria educadora! Esperamos por ti!

Esperamos sim, com muito anelo, com muita expectativa, o surgimento no Brasil de uma “Pátria Educadora”, ah! Nesse tão sonhado dia, a corrupção desaparecerá, pois um povo bem educado resultará no surgimento de um povo mais crítico, mais culto, com eleitores conscientes que, saberão votar corretamente, sendo totalmente contrários á reeleição, e que jamais votariam em governantes ditadores e tiranos que, embora eleitos pelo voto, ao assumir o poder tornam-se semelhantes aos “semideuses”, tolhendo os direitos dos funcionários públicos, parcelando salários (atitude essa que jamais condiz com um governo democrático) tirando titularidades, congelando aumentos, proibindo licenças prêmios (esse é  um direito do servidor adquirido por lei) querendo acabar com o FGTS, e colocando o funcionário público, como o grande “bode expiatório” pelas mazelas de uma administração pública, causada pela irresponsabilidade de uma sucessão de governantes que, ao longo da história, usaram e continuam usando os vergonhosos acordos políticos, mesclado ao apadrinhamento dos “grupinhos viciados”, com o intuito de permanecer no poder, governando sempre com a “mesmice pífia”, tirando todos os incentivos da Educação e ignorando por completo a área cultural.

No porvir, quando alvorecer a tão sofismada “Pátria Educadora”, em hipótese nenhuma, chegará ao poder, um governador, do estilo do governador do Paraná, Beto Richa (do PSDB) que, sob o seu comando, ordenou que os policiais coibissem uma manifestação pacífica de Professores, em Curitiba, com pauladas de cacetetes  por parte da tropa de choque da PM do Paraná, onde muitos professores, sofreram ferimentos leves e graves, além disso, a tropa de choque, também lançou gases lacrimogênio sobre os professores para contê-los, sem contar na tortura psicológica sofrida pelos nossos colegas. Os professores não estavam roubando, nem matando, nem assaltando, nem furtando, e muito menos praticando a corrupção, apenas reivindicavam os seus direitos, usando da liberdade de expressão, do direito de ir e vir, do direito às manifestações públicas e pacíficas, conforme nos assegura a lei. Aonde chegamos? Professores sendo tratados como bandidos, enquanto por outro lado, nos últimos anos, o Brasil está sendo chafurdado pela lama da corrupção que, infesta os poderes constituídos do País da injustiça, onde muitos corruptos e larápios que, praticam as mais diversas peripécias antiéticas, ao invés de estar atrás das grades ou excluídos da política, ou até mesmo levando pauladas das tropas de choques, folgam-se, esbaldam-se, regalam-se e escondem-se sob o manto negro da impunidade brasileira.

Só será possível o florescer de uma “Pátria Educadora”, quando o salário de um professor no Brasil, for o mesmo salário de um juiz de Direito, de um vereador, de um deputado, de um senador, de um governador e de um presidente da República. Enquanto o professor for tratado como um baderneiro, ou como um objeto vil por parte dos nossos governantes, o Brasil continuará sob o comando de líderes idiotas e totalmente sem cultura, a corrupção continuará reinando, o acesso á leitura continuará sendo dificultado, o que contribui para o baixo índice de leitores no Brasil, além dos preços exorbitante dos livros (o que dificulta o acesso ao livro por parte dos menos favorecidos). A falta de Educação de um País traz sérias conseqüências para a Saúde, para a Segurança Pública, para o desemprego, e para todas as mazelas sociais. Pátria Educadora! Esperamos por ti!

(Giovani Ribeiro Alves é filósofo, escritor, poeta, professor de Filosofia no Centro de Internação para Adolescentes ( CIA) no Setor Marista, em Goiânia, e Articulista do Diário da Manhã)

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