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OPINIÃO

O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção

É preciso fazer de modo que se você possui riquezas, essas sirvam ao bem comum. Uma abundância de bens vivida egoisticamente tira a esperança e é a origem de todos os tipos de corrupção, grande ou pequena.

O camelo e o buraco da agulha, ou seja, como o entusiasmo por Cristo possa se transformar em poucos instantes em tristeza e fechamento em si mesmo. O jovem rico encontra Jesus, pede para segui-lo, lhe assegura viver plenamente os mandamentos, mas, depois, muda completamente de humor e atitude quando o Mestre lhe fala do último passo a ser dado, a única coisa que falta: vender os bens dar-lhes aos pobres e depois segui-lo. De repente, a alegria e a esperança no jovem rico desaparecem, porque ele, àquela sua riqueza, não quer renunciar.

O apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção, em todos os lugares: corrupção pessoal, corrupção nos negócios, também a pequena corrupção comercial, daqueles que tiram 50 gramas do peso correto, a corrupção política, a corrupção na educação ... Por quê? Porque aqueles que vivem apegados ao próprio poder, às próprias riquezas, acreditam viver no paraíso. Estão fechados, não têm horizonte, não têm esperança. No fim deverão deixar tudo.

Há um mistério na posse das riquezas. As riquezas têm a capacidade de seduzir, de nos levar a uma sedução e nos fazer acreditar que estamos em um paraíso terrestre.

Viver sem horizonte é uma vida estéril, viver sem esperança é uma vida triste. O apego às riquezas nos dá tristeza e nos torna estéreis. Digo apego, não digo administrar bem as riquezas, pois as riquezas são para o bem comum, para todos. Se o Senhor dá a riqueza a uma pessoa é para que ela possa usá-la para o bem de todos, não para si mesmo, não para que se feche em seu coração tornando-se corrupta e triste.

As riquezas sem generosidade, nos fazem crer que somos poderosos, como Deus. No final, elas nos tiram o melhor, ou seja, a esperança. Jesus indica no Evangelho qual é a maneira justa para viver uma abundância de bens.

A primeira Bem-aventurança: Bem-aventurados os pobres em espírito, ou seja, despojar-se do apego e fazer com que as riquezas que o Senhor lhe deu sejam para o bem comum. É a única maneira. Abrir a mão, abrir o coração e abrir o horizonte. Se você tem a mão fechada, tem o coração fechado como aquele homem que fazia banquetes e usava roupas luxuosas, você não tem horizontes, não vê os outros que precisam e vai terminar como aquele homem: distante de Deus. Orbe. Resumindo: cada vez que suplantarmos arrogância e preconceito, existirá sempre o que absorver de justo e bom com todos os componentes desta ampla “Arca de Noé”, que é o mundo globalizado de hoje.

(Luiz Augusto, pároco)

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