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OPINIÃO

Esquizofrenia

(Retificação: por erro da editoria, a carta abaixo publicada na edição do dia 22 de maio estava com o nome trocado)

A reunião ministerial recentemente convocada pela Presidente Dilma teve como propósito anunciado promover cortes profundos nos gastos do governo, em virtude dos preocupantes indicadores econômicos, ora emersos, mas convenientemente encobertos até a divulgação dos números finais das eleições presidenciais e a confirmação de mais um termo para os mesmos magos do Planalto que, no entanto, nem mencionam a intenção de diminuir o incrível número recorde de ministérios, alguns absolutamente decorativos e montados com o objetivo exclusivo de agradar aliados. Tudo indica que a tesoura baseou-se, não em estimativas pensadas e ponderadas por uma equipe econômica capaz de raciocinar, como desejável, mas na sofreguidão de um time que se encontra à beira de um ataque de nervos. Assim, a orientação geral que resultou do encontro foi a de contingenciar parcelas maciças do orçamento, simultaneamente a um provável aumento de carga tributária que fatalmente condenará a economia a uma virtual paralisia, tudo com a finalidade de proteger os ajustes necessários, dos zigue-zagues de natureza política manipulados pragmaticamente  pelos presidentes da Câmara e do Senado que agem para atender interesses particulares. Não resta dúvida que o Brasil  se engalfinha numa atmosfera esquizofrênica da qual poucos se atrevem a prever se e como se sairá.

(Paulo Roberto Gotaç, via e-mail)


Grupo do futuro

Lula formou um grupo para pavimentar sua candidatura a presidente em 2018. O grupo do futuro assim chamado é composto por nomes conhecidos especialmente pelos paulistanos. Fernando Haddad, o prefeito mais mal avaliado de SP com suas ciclo faixas, Alexandre Padilha, o candidato fracassado do PT ao governo do Estado e seu programa micado do Mais Médicos, Antonio Palocci, investigado na Lava Jato, dentre outros. Se é que esse grupo pode ser chamado de futuro, a primeira lição a passar para os eleitores é dizer a verdade. Falar a verdade implica em dizer aos brasileiros que a corrupção na Petrobrás começou no governo Lula e os desvios foram feitos com seu conhecimento e aval. Mas não venham com desculpas do tipo  “Lula foi traído”. Com o episódio do mensalão, as pessoas estão mais atentas e não se deixam enganar facilmente. O verdadeiro Lula foi revelado na Lava Jato. Os brasileiros conheceram de fato quem é Lula. Ele vai explicar a compra do  apartamento no Guarujá, a casa em Atibaia, as palestras  e os contratos de financiamento para execução de obras ou fornecimento de bens ou serviços pela Odebrecht em países da América Latina e África entre 2011 e 2014? E os contratos no BNDES? Como se pode notar o grupo do futuro terá muito trabalho pela frente. Mãos à obra.

(Izabel Avallone, via e-mail)


Diálogo de Joaquim Levy com o STF

Conforme noticiado, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, intensificou o diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF) em conversas reservadas com ministros fora dos gabinetes, para explicar o pacote de ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff. Essa abordagem do ministro Joaquim Levy , já prevendo futuras ações judiciais, na minha opinião é imoral e indecente, e é o mesmo que pedir aos ministros para decidirem sempre a favor dos ideais do governo. Já imaginaram se os ministros do STF recebessem os banqueiros e seus advogados, para explicar aquelas ações que estão paradas dos planos econômicos Bresser, Collor, e que causaram grandes prejuízos aos poupadores brasileiros?

(Edgard Gobbi, via e-mail)


Meter a faca no povo

A presidente Dilma Rousseff disse que a aprovação do ajuste fiscal em tramitação no Congresso é “fundamental para o Brasil virar esta página que começou com a crise econômica mundial, em 2008”. Não começou em 2008 senhora presidente. Foi bem antes. Teve início no dia 1º de janeiro de 2003. Daquele dia para cá o Brasil começou a andar para trás, só que, usando e abusando dos artifícios da maquiagem, o governo fazia o povo acreditar que aqui era o paraíso. Quanta gracinha foi feita, acarretando o aumento do gasto público. E não foi gracinha para todo o povo, foi para parte do povo. Antes da reeleição, outubro de 2014, falar em ajuste fiscal era pecado, aumentar impostos e tirar direitos do trabalhador não passava pela cabeça da então candidata. O que aconteceu? Por que agora se faz necessário meter a faca no povo? Senhores parlamentares, não decidam nada em mesa de café. Pensem no Brasil. A população brasileira pode perder a paciência a qualquer hora.

(Jeovah Ferreira, via e-mail)

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