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OPINIÃO

Felicidade, projeto de vida x história de inferioridade e submissão feminina

Maria Alice Schuch Especial para  Opiniãopública

A mulher ganha pontos na sua vida pessoal e profissional quando desenvolve o seu projeto de vida, o que tende a ser uma problemática diante de uma cultura ainda enraizada na inferioridade histórica feminina. O sucesso está em fitar a beleza de nosso projeto jamais traído. Isso significa assumirmos o nosso papel na corrida da vida de maneira responsável, sendo honesta consigo mesmo, aprender, fazer e agir de forma independente e forte.
A inferioridade história feminina atrasa o projeto de vida da maioria das mulheres que, hoje, apresentam-se frustradas e infelizes. Sem um projeto de vida, elas retardam na corrida da vida. É preciso, então, cumprir um projeto pessoal em situação histórica.
Segundo a palestrante, a dificuldade de manter um projeto de vida está na história, que rompeu o elo entre a mulher e a deusa já na era primitiva, na divisão de tarefas pela necessidade da caça. Fomentou-se, então, uma desigualdade que posicionou o gênero feminino em um lugar de submissão.
A hegemonia masculina seguiu nos campos físico, psíquico e filosófico, negando a elas o direito de participar dos debates públicos. Logo, a maternidade e o cuidado com a prole foram considerados – e em parte ainda são – como atividades fundamentais para as melhores mulheres e pela sua natureza.
Nós mulheres, pelos milênios de inferioridade social e econômica a que nos submetemos, tomando como base a tipologia do adulto mãe aprendida na infância, se não nos libertarmos, não chegaremos a conhecer e a realizar inteiramente o projeto único que cada uma de nós é.
Quando anda na direção correta, com inteligência e vontade, seguindo o projeto pessoal de natureza, a mulher fica bem, é feliz. Luz para nós e para o conjunto.

(Maria Alice Schuch, palestrante e autora do livro “Mulher: aonde vais? Convém?”)

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