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OPINIÃO

Einstein e a Relatividade

Luiz Augusto Sampaio,Especial para Diário da Manhã

Há, precisamente, cem anos Albert Einstein (1897-1955) deu a conhecer ao mundo a teoria da relatividade especial (1905) e a teoria da relatividade geral, com as quais, depois de muitas lutas, conseguiu completar o livro, um dos que mais influenciaram a humanidade. É uma obra, demasiadamente, técnica. Quando fazia o curso científico no Ateneu D. Bosco, o Prof. Roque Baronni, um grande matemático, tentou me explicá-las, e eu, com meus dezessete anos, jamais consegui destramá-las, pois não são absolutamente tão simples quanto o notável físico alemão gostava de dizer. Muitos, prezados leitores, por diletantismo fingem que entendem essas teorias; basta dizer, por exemplo, que passaram vários anos até serem aceitas pela maioria dos físicos. Aqui, nesta simples crônica, não posso evidentemente, em pequenos bosquejos, condensar ambas as teorias técnicas que revolucionaram as clássicas leis da física. Mas, posso dizer-lhes, leitores amigos, que Einstein conseguiu transformar a velha estrutura absoluta do inglês Sir Isaac Newton, o descobridor da lei da gravidade, por outra constante: a velocidade da luz.

Vejam, por obséquio, o seguinte: se continuar a falar sobre teoria da relatividade, das leis básicas que regem a matéria, a mecânica, a teoria quântica etc, os leitores irão pensar que, de uma hora pra outra, fiquei aloprado, acometido de doidices. Eu sou doido mesmo é por literatura, o resto é resto! Em 1925, quando já se tornava celebridade, Einstein fez uma viagem à América do Sul. Viajava, segundo um dos seus biógrafos, apenas com uma maleta onde conduzia uma muda de roupa e o inseparável violino. Sabiam os leitores que o cientista tocava muito bem esse instrumento? Pois bem, ele optou por viajar à América do Sul depois de ter recusado um convite para conhecer Pasadena, na Califórnia, local em que funcionava um dos principais centros de pesquisas em astrofísica do mundo. Dizem que veio ao nosso continente para se refugiar contra o anti-semitismo. Ele era judeu. Aqui no Brasil, vestiu-se com formalidades e foi recebido pelo nosso presidente da época, Artur Bernardes. Passou, então, uma semana no Rio de Janeiro e manteve contatos com responsáveis de várias instituições científicas. Achou lindo e aprazível o Jardim Botânico – quando disse: “o Jardim Botânico, bem como a flora de modo geral, supera os sonhos das mil e uma noites”. Admirou, também, a mistura étnica do povo brasileiro nas ruas o que considerou uma experiência fantástica. Agora, a última notícia sobre Einstein e sua língua fora da boca que aparece em suas imagens. Em 2004, a justiça alemã decidiu que todo cidadão tem o direito de ser fotografado para qualquer documento oficial, com a língua para fora da boca. A decisão veio depois que o alemão Alexandre Mechthold teve o seu passaporte apreendido porque estava mostrando a língua na foto. Ele apelou à justiça e ganhou. “É um tributo que faço ao meu ídolo, Albert Einstein”, disse Mechthold. “Se o genial Einstein mostrou a língua, todos nós podemos fazer o mesmo”, decidiu o juiz ao julgar a causa.

(Luiz Augusto Sampaio, membro da Academia Goiana de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de Goiás)

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