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ICMBio nega a Semad uso de retardante no combate a incêndios

A negativa foi dada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que negou ter usado o retardante de fogo na área ao redor do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A informação foi em resposta a um ofício encaminhado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad).

O produto especificado não é autorizado em Goiás, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, declarou em um vídeo que o retardante foi utilizado no combate aos incêndios na Chapada dos Veadeiros, mas sem notificar o local.

Consta em um relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), feito em 2018, informando que o produto usado, Fire Llmit, pode causar danos e efeitos adversos.

"Em caso de aplicação do produto em terras indígenas ou próximo a locais povoados, informar à população da área sobre os possíveis riscos do consumo de água e alimentos resultantes do local, nos 40 dias seguintes à aplicação do retardante de chamas", destacou o parecer.

Pouso Alto e sua Área de Proteção Ambiental (APA) pertencem a gestão estadual. Já o Parque Nacional, é de competência da federação. As duas áreas ficam dentro da região da Chapada dos Veadeiros e tiveram 75 mil hectares destruídos por queimadas.

No impasse da exata localização onde o produto foi lançado, o governo de Goiás notificou o ICMBio no último dia 13 de outubro, pedindo esclarecimentos sobre o uso do produto na região.

Em resposta, o órgão afirmou que "não houve lançamento de retardante químico no interior da APA de Pouso Alto". O documento foi assinado pelo chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Luís Henrique Mota de Freitas Neves. Diante da resposta a Semad ressaltou que não pretende tomar nenhuma outra ação no momento.

Conforme o governo de Goiás,foram atingidos 24.198 hectares de mata no interior do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o que representa a 10% de sua área total e, 51.257 hectares na APA Pouso Alto, o que significa 6% da unidade.

Ação popular

Segundo o site G1, moradores de Cavalcante/ GO, moveram uma ação popular pleiteando a proibição do uso do retardante de fogo no combate a incêndios e também cobrando a localização autêntica de onde foi feito o lançamento do produto. As solicitações ainda serão consideradas pela Justiça.

Um estudo anexado a ação comprova que podem ocorrer danos ambientais,como a morte de peixes e até afetar o abastecimento de água da região, caso o produto caia nos rios da Chapada dos Veadeiros.

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