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Histórias Desobedientes: Grupo argentino rompe silêncio sobre pais genocidas

Um grupo formado em sua maioria de mulheres argentinas, se une e rompem o silêncio em busca de respostas e justiça a respeito dos crimes cometidos pelos próprios pais durante a Ditadura Militar, nos anos 60 e 70, na Argentina.

Os pais que eram policiais e militares na época da Ditadura, foram acusados, e em alguns casos condenados pelos crimes de sequestro, tortura e homicídio. As vítimas, consideradas"subversivas" pelo governo da época, normalmente faziam parte de grupos de esquerda, também estudantes, artistas e líderes sindicais.

Algumas dessas mulheres com a ajuda das redes sociais decidiram se unir, sair às ruas, enfrentar a família e repudiar os crimes que seus pais haviam cometido. Então, criaram um grupo chamado Histórias Desobedientes.

Uma das integrante do grupo chamada Analía Kalinec, cortou relações com o pai, há 15 anos, condenado a prisão perpétua, disse que existe por parte dos integrantes uma necessidade de expressão muito forte.

Os Desobedientes fizeram um livro coletivo, contando suas histórias em comum e estão sempre fazendo manifestos e no engajamento político para a aprovação de um projeto de lei que busca mudar a legislação argentina, que atualmente impede que um filho testemunhe contra os pais.

"Queremos garantir que isso não se aplique em casos de crimes contra a humanidade — e possamos falar se soubermos de algo que pode contribuir com os processos judiciais", ressaltou, Analía Kalinec.

São mais de 3,3 mil investigados por crimes contra a humanidade desde que os julgamentos foram reabertos, em 2007. São 962 pessoas condenadas em 238 processos, segundo o último relatório da Procuradoria de Crimes contra a Humanidade e ainda há mais de 350 processos em tramitação.

*Com informações da BBC Brasil

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