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É um bom negócio viver no anonimato nessa era digital?

Números do Relatório Global Statshot Digital da DataReportal revelam que não ter uma presença digital marcante nas redes sociais não é uma boa estrátegia

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As redes sociais já são a quarta principal forma de descobrir uma nova marca, produto ou serviço no mundo, segundo aponta o Relatório Global Statshot Digital da DataReportal – publicado em julho de 2022, com 27,6% da população mundial usando essa ferramenta. A publicidade na TV segue liderando a lista, com 31,4% das pessoas ouvidas no levantamento alegando que usam a mídia; seguida pelo uso de ferramentas de busca (31,3%) e depois as recomendações de amigos e familiares (28,6%). Quando o assunto é canais de busca online, as redes sociais aparecem em 2º lugar, com 43,6% dos usuários de internet optando pela ferramenta, ficando atrás somente das ferramentas de busca, convenci como o Google, com 49%.

O Brasil segue a mesma tendência, segundo dados da pesquisa Digital 2022: Brazil, também elaborada pela DataReportal, que apontam que 46,7% dos brasileiros usam as redes para procurar e comprar produtos. Os números revelam que o anonimato nas mídias digitais não é um bom negócio.

Ferramentas e meios de trabalho, que antes pareciam ser coisa de blogueiros e influenciadores digitais, têm sido cada vez mais usados por profissionais de diversas áreas, para conquistar mais clientes e ao mesmo tempo reforçar uma boa imagem no mercado. Foi durante o lançamento de um projeto, que o gerente comercial da Euro Incorporações, Henrique Campelo, percebeu que precisava ampliar sua presença digital na internet e se atualizar com o uso de ferramentas de vídeos e áudios.

Ele percebeu essa necessidade ao trabalhar com o próprio produto que lançava, o Euro Towers, um mixed use (comercial e residencial), localizado no Setor Park Lozandes, Goiânia. O empreendimento traz em sua área comum um espaço exclusivo para elaboração de conteúdos digitais, como vídeos para o Youtube, reels para o Instagram e podcasts. O projeto também prevê sala de reuniões, auditório e outros serviços no mezanino do prédio.


		É um bom negócio viver no anonimato nessa era digital?
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“Percebi essa necessidade, pois na nossa central de decorados temos uma sala de podcast em funcionamento e nós, da equipe, aproveitamos para gravar alguns conteúdos para divulgar o projeto e já mostrá-lo em operação”, conta Henrique.

Presença digital

Apesar de já ter bastante experiência em falar em público, Henrique diz que sentiu grande diferença quando teve que se expressar para uma câmera com mais naturalidade, o que causou um pouco de timidez. O gerente hoje entende a importância de se ter uma presença forte e positiva nas mídias digitais, independente da área de atuação. “Todo CNPJ precisa de um CPF. É muito claro isso, pois a empresa ou o produto precisa de um rosto, de um porta-voz, alguém que consiga transmitir com clareza a essência da organização, dos serviços e produtos oferecidos, e hoje, independente de ser um profissional da área de marketing ou de vendas, é necessário ter essa presença”, afirma.

Ele relata que em sua função de gerente comercial mantém muita relação com o cliente inicial, que é o corretor de imóveis, e com o cliente final, que é o consumidor. Por isso, ele assumiu o papel de trazer informações mais técnicas sobre o mercado de imóveis e sobre os projetos da empresa por meio de vídeos e podcasts. “Realmente sai do anonimato para colocar o meu rosto para representar a empresa nesta área e vejo como fundamental todos os profissionais estarem preparados para assumir posições estratégicas nas mídias digitais”, destaca.

“Destravou”

A coordenadora comercial da Euro Incorporações, Sarah Gois, é outra que está sabendo usar a infraestrutura de mídia oferecida pela empresa. Ela conta que começou a interagir mais, de forma profissional, nas redes sociais há quatro anos, quando percebeu que o mercado se movia nesta direção. Para ela, a conexão com o público e com outros profissionais do segmento foi o que mais a motivou a ter uma presença digital mais forte na internet. “Na minha profissão, é muito importante conhecer as pessoas e profissionais da mesma área. Percebo as redes sociais como uma ferramenta até para nos aproximar mais dos parceiros e pessoas que vendem nossos produtos”, relata.

Sarah admite que no início não foi fácil se adaptar a essa nova linguagem e diz que se sentia um pouco “travada”. “Eu sentia um pouco de vergonha de gravar vídeos e receio do julgamento das pessoas. Mas fui fazendo e vencendo minhas limitações e hoje não tenho esse receio mais. Me sinto segura para estar na frente da tela falando do meu trabalho e vejo resultados muito positivos”, afirma.

Sarah avalia ainda que até quem não é do segmento digital precisa estar presente, pois é um canal que as pessoas usam muito e o profissional precisa estar presente onde seu público está. “As pessoas vão conhecer você e seu produto e aliando isso a um bom atendimento presencial, facilita muito até as negociações”, observa a profissional.

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