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Brasil ganha, vai ao hexagonal final do Sul-Americano sub-20

Além de garantir a classificação, com 3 a 1 diante da Argentina, ainda deixou a rival em situação delicada na competição

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Duas apresentações, seis pontos somados e vaga antecipada ao hexagonal final do Campeonato Sul-Americano sub-20 da Colômbia. Tudo anda às mil maravilhas para a seleção brasileira, que festejou em dose dupla nesta segunda-feira, no Estádio Pascual Guerrero, em Cali. Além de garantir a classificação, com 3 a 1 diante da Argentina, ainda deixou a rival em situação delicada na competição, zerada e sem depender de suas forças.

O Brasil subiu para a segunda colocação, um ponto atrás do líder Paraguai (7 a 6), que tem um jogo a mais. Em terceiro, e neste momento ocupando a última vaga no Grupo A, aparece a Colômbia, adversária brasileira de quarta-feira. Argentina e Peru fazem duelo dos times sem pontos no mesmo dia e os paraguaios folgam.

Guilherme Biro e Andrey, ainda na primeira etapa, e Vitor Roque, no segundo, foram os autores dos gols da seleção brasileira, enquanto o goleiro Mycael se destacou ao defender um pênalti de Infantino, cometido por ele mesmo.

Assim que o hino nacional foi tocado, o goleiro Mycael gritou "vamos rapaziada". A motivação tinha um ótimo motivo. Além da manutenção dos 100% de aproveitamento, significava encostar no líder Paraguai, garantir a vaga antecipada no e afundar um grande concorrente, derrotado na estreia justamente para os paraguaios.

Enquanto os meninos do técnico Ramon Menezes estavam tranquilos após 3 a 0 no Peru, os comandados de Javier Mascherano tinham a pressão de buscar a recuperação após serem surpreendidos com 2 a 1 para o Paraguai no sábado.

Os argentinos assustaram logo de cara. A cobrança rápida de falta quase surpreendeu Mycael. O goleiro defendeu em dois tempos e festejou logo depois o gol de Guilherme Biro aproveitando rebote de Gerth. Inseguro, o camisa 1 soltou bola fraca logo depois.

Mascherano balançava a cabeça negativamente na beirada do campo ao ver o Brasil dominar o clássico, chegando em frequência no ataque. A confiança brasileira contrastava com o nervosismo e excesso de erros de passes dos hermanos. Mesmo abaixo do que pode render, a Argentina era perigosa e Aguirre acertou o travessão.

Aos 24 minutos, boa trama da Argentina e Mycael acabou derrubando Fernandez dentro da área. Pênalti e grande chance para o empate. O capitão Infantino bateu forte e o goleiro brasileiro fez bela defesa para manter o Brasil em vantagem.

Com marcação forte na saída de bola argentina, Vitor Roque roubou e caiu na área pedindo pênalti. O árbitro nada deu. Um minuto depois, Andrey - vendido pelo Vasco ao Chelsea - aproveitou o erro dos oponentes, recuperou a bola, arrancou e bateu no canto direito de Gerth: 2 a 0 com 35 minutos.

Atrás do placar em dois gols, os argentinos perderam a cabeça. Antes do intervalo, falta dura em Geovane quase termina em confusão. A arbitragem acabou com o princípio de briga.

Mascherano mexeu em dose dupla no intervalo para tentar novo ânimo à seleção. Com somente um minuto, contudo, foi o Brasil quem desperdiçou a chance de ampliar. As trocas não surtiram efeito por causa da manutenção do alto número de erros de passes. Os argentinos estavam afoitos e com a defesa descoberta, um convite ao contra-ataque verde e amarelo.

O Brasil, com o passar do tempo, contudo, diminuiu o ritmo optando por fazer a hora passar. Mesmo assim, era perigoso quando ia ao ataque. Após ignorar pênalti em Stenio, o árbitro anotou falta inexistente em Vitor Roque dentro da área. O jogador cobrou a penalidade e ampliou.

No último minuto do tempo normal, González anotou de cabeça o gol de honra dos argentinos, que agora têm de ganhar duas vezes e torcer para a Colômbia não superar a seleção brasileira.

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