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Juninho se afastou de 90% da família nas eleições

Em entrevista ao jornal The Guardian o ex-jogador de futebol Juninho Permambucano afirmou que não mantém contato com "80% ou 90%" da família e dos amigos que demonstraram apoio à candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil nas eleições de 2018. As informações foram publicadas nesta terça-feira (7) pela revista IstoÉ.

"Bolsonaro é um filhote do Whatsapp e das fake news. As pessoas que apoiavam Bolsonaro eram maioria e foi minha decisão me afastar delas", explicou Juninho, considerado ídolo do Vasco da Gama e do time francês, Lyon.

Em entrevista ao jornal britânico ele também opinou sobre a desigualdade social presente no Brasil, aspecto incompreendido pela elite brasileira, conforme o atual Diretor Esportivo do Lyon.

"O establishment no Brasil não tem empatia e quer que nós não tenhamos também. A elite [econômica brasileira] não entende o tamanho das desigualdades financeiras no país que, se aumentarem, causarão violência. Estamos assistindo isso se desenrolar agora", apontou.

Ao ser questionado sobre desigualdades raciais Juninho relembrou a morte de Ágatha Félix para dizer que no Brasil existem "milhares" de casos como o de George Floyd.

“Como foi possível uma criança de oito anos ser baleada pela polícia como aconteceu no ano passado no Complexo do Alemão? Como é possível viver depois disso? Inacreditável”.

Combate à pandemia

Durante a entrevista ele também ressaltou, emocionado, que tem "profunda tristeza" pelas diretrizes do País com relação ao enfrentamento à Covid-19. Juninho enfatizou que o Brasil está "fazendo tudo errado".

"Eu sou brasileiro, seu que somos um país pobre e nosso pessoal precisa trabalhar, mas isso (isolamento social para conter a disseminação do vírus) é uma questão de saúde. Se tivéssemos um lockdown poderíamos estar perto do fim disso, mas não", enfatizou.

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