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Morre Fernandinho

Campeão do Torneio Rubens Guerra, no dia alegre de 4 de abril de 1973, final eletrizante contra o Atlético Clube Goianiense, à época o ‘clássico das multidões’, Fernandinho iniciava a sua marca. Na maior paixão do Centro-Oeste. Do Brasil. O Vila Nova Futebol Clube. Agremiação esportiva, de linhagem operária. De massas. Fundada em 29 de julho de 1943. O time completará, em 2020, 77 anos de história. Um de seus ícones, morreu, hoje, 5 de junho, aos 70 anos.

_ A cidade de Goiânia, o Estado de Goiás, o Vila Nova, o Santos e o alegre futebol nacional derrubaram lágrimas. Para o eterno craque. Imortalizado. Na História.

Vinte e cinco dias exatos depois, o atleta abocanha o vice do Torneio Leonino Caiado. Palco: Estádio Olímpico. Arena de espetáculos criada pelo Governo do Estado de Goiás. Ao derrotar o Goiânia Esporte Clube, o Galo Carijó, nascido em 1938, por 2 a 1. Em primeiro de julho de 1973 é campeão da Taça Leonino de Ramos Caiado. Uma competição interestadual que reuniu Vasco da Gama[RJ], Vila Nova Futebol Clube, Goiânia Esporte Clube e Atlético Clube Goianiense.

_ Ah, pode esperar. A sua hora vai chegar!

A vitória mais comemorada ocorre em 23 de agosto. Ano: 1973. Horário: duas horas da madrugada. O adversário: o seu principal rival, em 2020, naqueles tempos, um time de apenas 33 torcedores. Suada. Derrota, no tempo normal. Empate na prorrogação. O Vila Nova tem dois jogadores expulsos. Uma arbitragem vagabunda. A decisão ocorre nas penalidades. O Vila Nova bate primeiro. Três pênaltis seguidos. Três convertidos. O rival erra. É Campeão Goiano.

_ Goiânia acorda vermelha. O Estado de Goiás sorri. O Brasil vibra.

Ao retornar do glorioso Santos Futebol Clube, o time do Rei Pelé, em 8 de fevereiro de 1975, Fernandinho obtém o vice do Torneio Centrais Elétricas. O Vila Nova empata em zero a zero com o tradicional Coritiba. O ‘Coxa Branca’. Já em primeiro de outubro, do mesmo ano, sagra-se campeão do Troféu Francisco de Castro, prefeito de Goiânia, ao derrotar o Internacional de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, campeão brasileiro da Série A, de 1975, por 2 a 1. Alegrias.

_ Dia 7 de dezembro de 1975, ele ganha do Atlético Clube Goianiense por 3 a 1 e fatura a Taça Leonino Caiado. Em 11 de dezembro de 1975 é vice-campeão do Torneio Início.

Dia 21 de janeiro de 1976. O Vila Nova, com as arrancadas mortais de Fernandinho, empata, em 1 a 1, com o seu maior rival, de hoje, e dá a volta olímpica. No Torneio Antônio Augusto Azeredo Coutinho. O ano de 1977 é de arrepiar. Em 13 de julho, o Vila Nova Futebol Clube é campeão do seletivo para a Série A. Logo em seguida, na noite de 29 de setembro, é campeão estadual. O adversário é o Goiânia Esporte Clube. Por um a zero. Pontapé inicial para o tetra.

_ O primeiro tetracampeonato da Era Profissional. É colorado _ 1977, 1978, 1979 e 1980. Assim como o primeiro tricampeonato também foi vermelho _ 1961, 1962 e 1963.

Alegria nas pernas

Fernandinho possuía alegria nas pernas, analisa o radialista, narrador esportivo e comentarista Luiz Gama, editor do www.canalgama.com.br e âncora do Programa Polithéia, Fonte TV. Um dos maiores estudiosos do futebol mundial e enciclopédia ambulante da paixão da ‘Pátria em Chuteiras’. O craque brilhava em edições sucessivas do Globo Esporte, relata o ícone do rádio, da TV e da rede mundial de computadores. ‘Tocha Vermelha’, o principal homem do futebol.

_ Da mídia em Goiás.

Ex - lateral direito e volante do Vila Nova Futebol Clube, Josimar diz que trata-se de perda irreparável. Saudades, chora o ex-jogador que ingressou em 1983 no campo e nos corredores do Onésio Brasileiro Alvarenga [OBA]. Um dos maiores ídolos da História, resume. Ponta-direita diferenciado, registra. Ídolo, insiste. Abraços eternos, ele se despede. O camisa 7 Fernandinho entra para a história do futebol nacional como artilheiro e craque, narra o cantor Xexéu.

_ Dribles e jogadas desconcertantes. Elas levavam ao gol. Adversário. Fernandinho e Vila Nova Futebol Clube, sinônimos de alegrias.

Um dos maiores presidentes da História de 77 anos de história do Vila Nova, o advogado tributarista Paulo Miguel Diniz lembra que Fernandinho chegou do Campinas, com Carlos Alberto, em 1973, e participou da madrugada memorável de 23 de agosto de 1973. Conselheiro grão-benemérito, ele diz ter testemunhado, in loco, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, capital, lances antológicos do craque. Ao lado de Edson Arantes do Nascimento. O ‘magistral’ Pelé.

_ Morre uma lenda. Um ídolo. Uma tristeza. Sem fim.

Amém. Assim resume, em linguagem das redes sociais, o conselheiro do clube Gilberto Silva, proprietário da Hidroreparos. Dilmar Pires afirma que Fernandinho, morto, hoje, é um dos cinco nomes mais expressivos com passagem pelo Vila Nova e já entra na galeria dos símbolos. Salve, salve Fernandinho, lamenta. Dos Estados Unidos das Américas [EUA], Rogério Oliveira Diniz conta que teve uma camisa 7, vermelha, do Vila Nova, em homenagem ao seu ídolo.

_ Trágico. Triste. Muito triste. Muito triste. Muito triste. [Rogério Oliveira Diniz derrama lágrimas pela face]

Historiador, Reinaldo Pantaleão recorda-se da transferência de Fernandinho, do Campinas para o Vila Nova. Um dos craques do futebol do Centro-Oeste, ele pontua. Lamentável, registra o pesquisador marxista e torcedor apaixonado do Goiânia Esporte Clube, o Galo Carijó. O presidente-executivo do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, em soluços, lamenta a perda do ídolo. Craque de uma geração vitoriosa, resume. A nação colorada está de luto, frisa.

_ Fernandinho marcou a História do Vila Nova F.C.. Na final, de 1973, entrei como mascote. Humilde. Um grande homem.  [É o que afirma o ex-presidente do Vila Nova Marcos Martinez.

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