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ESPORTES

A realidade por trás da paralisação do calendário esportivo

Foto: Issei Kato/Reuters

Os Jogos Olímpicos, maior competição esportiva do mundo, que pela primeira vez na história adiou sua data, teve nova data confirmada para julho de 2021. O Comitê Olímpico Internacional adiou os jogos acatando medidas de prevenção ao Coronavírus. Por conta da pandemia, o mundo do esporte foi pego de surpresa e consequentemente todas as competições foram suspensas por tempo indeterminado.

Tal suspensão trouxe impacto nos planejamentos de grandes clubes de todo o mundo. Com a paralisação do calendário europeu de futebol, os clubes foram obrigados a liberar atletas para “férias forçadas”, porém já pensando no retorno, foram preparadas atividades para a manutenção do condicionamento físico dos mesmos.

Os atletas do Watford, equipe inglesa de futebol, realizam seus treinos através de conferência de vídeo, com monitoramento de profissionais, o que acabou se tornando uma atividade de descontração, frente ao isolamento social.

Atletas do Watford em atividade física monitorada. (Foto: BetWay Esportes)

O Atleta Kayle Walker, lateral do Manchester City, em entrevista à casa de apostas Betway Esportes, revela que receberam planilhas de treinamento do clube para manterem o condicionamento físico em níveis aceitáveis e facilitar a adaptação no retorno das atividades.

Diante dos acontecimentos, outro debate iniciado são o de jogos com portões fechados, sem a presença das torcidas. O treinador multicampeão Pep Guardiola, atualmente a frente do Manchester City, declarou não haver sentido em jogos sem torcida: “Nós jogamos para as pessoas, se as pessoas não estiverem lá, qual o sentido? ”, questionou o treinador.

Já o árbitro Antony Taylor, que apitou jogos importantes da Champions League, diz não ter preferência no quesito de jogos sem torcida. “Jogar com portões fechados é uma experiência diferente mas não muda a intensidade das partidas, já que ambas as equipes querem o resultado”.

Esportes Individuais

A situação se torna um pouco mais complicada nas modalidades individuais. Até a confirmação do adiamento das Olimpíadas de Tóquio, os atletas ainda tentavam se manter ativos para não perder o condicionamento. A maior dificuldade está nas modalidades diretamente afetadas pelo isolamento social, como a Natação e o Atletismo.

Etiene Medeiros, brasileira recordista dos 50 metros em piscina curta, desabafa: “Sabemos quantos atletas estão sem seguir seus planejamentos. Tem muita gente que não tem mais lugar de treino”.

( Etiene Medeiros ganha a medalha de ouro na prova dos 50 m costas no Mundial de esportes aquáticos de Budapeste, na Hungria - 27/07/2017 CHRISTOPHE SIMON/AFP)

Apesar das dificuldades, o maratonista brasileiro Paulo Paula, pré-convocado para as Olimpíadas de Tóquio, segue otimista. Ele diz aproveitar o tempo para descansar, fazer treinamentos paralelos que não envolvam exposição, como sair para correr nas ruas.

Foto: Reprodução

Paulo acredita que no segundo semestre os atletas voltarão com bastante energia acumulada, e que os Jogos de Tóquio serão diferenciados no que diz respeito a quebra de recordes, tendo em vista que os atletas estarão mais descansados e com mais sede de vitória.

Enquanto o isolamento social é uma realidade, vários questionamentos e debates são levantados a respeito do esporte mundial. Os próximos meses vão dizer como será o desfecho dessa situação, porém uma coisa é certa: A cada dia que passa a saudade dos torcedores e atletas aumenta mais.

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