Médicos criticam informações sobre tratamento com células-tronco de Michael Schumacher
Profissionais da área neurológica questionam, pois os resultados dos testes para lesões no cérebro não foram satisfatórias

Desde que sofreu um acidente de esqui, em 2013, as notícias sobre o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher são diversificadas a cada ano. A última dando conta de um tratamento que o ex-piloto foi submetido com a injeção de células-tronco e que ele estava consciente passou a ser questionada por médicos ingleses.
A informação do tratamento com células-tronco foi divulgada pelo jornal “Le Parisien”, que informou que o piloto, de 50 anos, deu entrada em um hospital de Paris para fazer o tratamento, mas nada foi confirmado. Em entrevista à um outro veículo de comunicação, a diretora do Centro de Pesquisa sobre Coma do Instituto Neurológico de Milão, na Itália, Matilde Leonardi, questionou a postura e a informação divulgada sobre o possível tratamento.
A médica afirmou em suas declarações que não existem tratamentos experimentais com células-troncos que tenha um efeito positivo com pacientes em estado de consciência mínima como Michael Schumacher. Em relação as notícias, a diretora do centro de pesquisas afirmou que os responsáveis estão apenas alimentando falsas esperanças e iludindo as famílias dos pacientes.
Médica de Centro de Pesquisas Italiano afirmou que tratamento de Michael Schumacher com células-troncos não existe
Para a médica há uma precipitação em relação aos tratamentos com células-tronco, pois ainda não é possível confiar em uma solução de problemas neurológicos e de medula com o tratamento. “Esperamos que sim, mas o tratamento ainda não existe, pelo menos por enquanto. Infelizmente, os estudos feitos com células-tronco para doenças que afetam o cérebro e a medula não surtiram os efeitos esperados”, explica Leonardi.
Na mesma linha de raciocínio que a médica italiana, o professor Brendon Noble, da Fundação Britânica de Células-Tronco, não acredita que um suposto tratamento de Michael Schumacher divulgado tenha a ver com lesões neurológicas, mas sim para tratar algum tipo de infecção.
“É improvável, pois foi há muito tempo. A menos que tenha existindo algumas complicações. Parece irreal para mim. Mas eu definitivamente não descarto isso, apenas nãos sabemos”, explicou o professor.
Por outro lado, o cirurgião da Clínica Regenerativa de Londres, Nima Heidari, afirmou que mesmo que o tratamento seja verídico, o mesmo dificilmente seria aprovado na Inglaterra, pela demorada na tramitação do processo para o tratamento.
*Com informações do Globoesporte.com
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