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Neymar fora da Copa América

Agora, parece não ter mais jeito. Para conquistar a Copa América, a seleção brasileira vai ter que aprender a ganhar sem Neymar. Nem que seja na marra. Expulso após a derrota por 1 a 0 para a Colômbia, na quarta-feira, o craque brasileiro não voltará a jogar pela competição.

Neymar estava suspenso preventivamente por uma partida, por ter recebido dois cartões amarelos, e já não enfrentaria a Venezuela, amanhã, no Estádio Monumental, na capital chilena.

Mas, ontem, o Comitê Disciplinar da Conmebol aumentou a punição do jogador para quatro partidas, em razão do cartão vermelho que recebeu após o apito final do árbitro, pela briga com o atacante Bacca, também expulso. O colombiano cumprirá dois jogos de suspensão e pagará multa de US$ 5 mil. A CBF vai entrar com um recurso, mas a punição está mantida até o julgamento na segunda-feira.

A Conmebol se baseou na súmula do árbitro chileno Enrique Osses para aplicar a pena a Neymar. Segundo relatou o juiz, o atacante deu uma bolada em Armero, uma cabeçada em Murillo e ainda insultou o árbitro no túnel que dá acesso aos vestiários.

Havia o temor de que caso o Brasil seja eliminado antes da decisão, Neymar teria de cumprir os jogos restantes nas eliminatórias para a Copa de 2018, que começam em outubro deste ano. Presidente da comissão disciplinar da Conmebol, o brasileiro Caio Rocha disse que não há este risco: “Neymar poderá jogar normalmente as eliminatórias, que são uma competição organizada pela Fifa. A punição foi dada pela Conmebol e não se estende às eliminatórias. Ele cumprirá o restante dos jogos, se for o caso, na próxima Copa América”, disse Caio Rocha, na saída do hotel em que ocorreu o julgamento.

Para chegar na final, o Brasil terá de vencer três partidas oficiais sem seu principal jogador, o que jamais aconteceu desde que Neymar se tornou a referência da equipe, logo após a Copa de 2010. Apesar de os jogadores e o técnico Dunga garantirem que a seleção tem condições de jogar bem e vencer mesmo sem o craque do Barcelona, o fato é que ninguém pode afirmar como a equipe se portará.

O problema é como desvincular atualmente Neymar da seleção. Único craque reconhecido internacionalmente do nosso futebol, ninguém imagina hoje uma seleção brasileira sem o jogador. Aos 23 anos, ele já é o quinto maior artilheiro da história da seleção, com 44 gols em 65 partidas pela equipe principal, segundo a CBF. Com ele em campo, foram 45 vitórias, 12 empates e oito derrotas.

Uma ideia de como Neymar é hoje sinônimo de seleção brasileira pôde ser sentida na entrevista coletiva concedida por Fernandinho e Phillipe Coutinho, no hotel em que o Brasil está concentrado, em Santiago.

Mesmo já estando fora do próximo jogo, o nome do atacante do Barcelona foi citado na maioria das perguntas formuladas aos dois jogadores presentes. Phillipe Coutinho, por exemplo, respondeu a 17 perguntas em pouco mais de 15 minutos de entrevista. Pelo menos oito delas relacionadas a Neymar.

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